terça-feira, 6 de julho de 2010

A Copa das marcas esportivas

Paralelamente à disputa da Copa do Mundo, outra competição segue acirrada, a das marcas de materiais esportivos.
A Adidas é mais uma vez a patrocinadora oficial do evento, porém outras marcas, além dela própria, se fazem presentes tanto como fornecedoras dos uniformes das seleções como também como patrocinadoras individuais de alguns ídolos do esporte.
Ter um aumento nas vendas de seus produtos aliado a uma exposição maior da marca é o troféu que cobiçam, para isso procuram ter em seu portfólio de patrocinados, as melhores equipes e atletas, sendo que o conceito de melhor não se aplica apenas aos mais qualificados tecnicamente, mas também aos que mais atraem mídia de forma positiva e que tenham sinergia com o conceito da empresa.

A seguir será apresentado um quadro que mostra o comportamento das principais marcas ligadas ao futebol nas Copas do Mundo de 2002, 2006 e 2010.

Em 2002, a Adidas vestiu 10 seleções, a Nike 8 e a Puma 4. O campeão Brasil e a 4ª colocada, Coréia do Sul eram patrocinadas pela Nike enquanto que a vice-campeã Alemanha e a 3ª colocada Turquia usavam Adidas.



Em 2006, a marca de material esportivo mais presente entre as seleções da Copa do Mundo foi a Puma com 12 equipes, seguido pela Nike com 8 e a Adidas com 6. A Itália sagrou-se campeã usando uniforme fornecido pela Puma, já França e Alemanha, 2º e 3º lugares respectivamente vestiram Adidas, ficando Portugal com Nike em 4º.
Vale destacar a ofensiva da Puma nessa edição, pois além de ser a marca mais presente no total, foi líder entre as seleções da Europa, Ásia e África, sendo que nesse continente foi fornecedora de todas as 5 seleções.

Na Copa de 2010, a Adidas volta a liderar, estando presente em 12 equipes, posição que também ocupa entre as seleções da Europa e das Américas. Nike e Puma aparecem com 8 seleções cada, essa última é líder mais uma vez no que concerne às equipes do continente africano, porém sem a totalidade absoluta do Mundial anterior.

Normalmente as seleções costumam ter contratos longos com seus fornecedores de material esportivo, o que confere um um alto grau de fidelidade às marcas esportivas, conforme pode ser verificado numa análise sobre os participantes das últimas três Copas do Mundo.
51 países estiveram presentes em pelo menos uma das edições, 32 jogaram em duas ou mais edições, entre esses, 10 mudaram de fornecedor (31,3%), dos quais vale destacar:

Nigéria – Nike em 2002 e Adidas em 2010
Eslovênia – Adidas em 2002 e Nike em 2010
Suécia - Adidas em 2002 e Umbro  em 2006
Itália – Kappa em 2002 e Puma em 2006 e 2010
México – Athletica em 2002, Nike em 2006 e Adidas em 2010
Paraguai - Puma em 2002 / 2006 e Adidas em 2010

Evidentemente estar junto da seleção vencedora traz  vantagens às marcas, pois impulsiona os negócios do seu fornecedor de material esportivo, porém antes mesmo da Copa chegar ao seu final, as vendas dos produtos relacionados ao futebol já se encontram em ebulição.
A Adidas, por exemplo, alcançou nesse ano seu recorde de receitas, 1,9 bilhão de euros, superando a estimativa original que apontava a cifra de 1,5 bilhão e o resultado de 2006, 1,2 bilhão. O item mais demandado é a polêmica bola Jabulani, que deverá ter 13 milhões de unidades vendidas.

Não há dúvida que estar de alguma forma presente num evento de tamanha importância é extremamente interessante para as empresas desse segmento, entretanto engana-se quem acha que basta simplesmente participar.

Na verdade, o grande diferencial para se obter bons resultados com iniciativas ligadas ao esporte é conseguir executar ações que tenham sido planejadas com base no posicionamento mercadológico da empresa.


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