terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Logo Rio 2016

A expressão “gosto não se discute” é uma das mais corriqueiras em conversas informais, e por que não dizer, uma das mais verdadeiras.
Elas geralmente surgem quando se trata de estabelecer julgamentos sobre os mais diversos temas, inclusive logomarcas e nomes.
Particularmente, não me preocupo muito com a denominação que se dá a produtos, empresas e estabelecimentos, pois acho que um nome só causa prejuízo quando traz alguma conotação negativa ou dá margem a pronúncias diferentes, o que acaba exigindo investimentos maiores em comunicação.
Por outro lado, acho que a logomarca é importante para passar a essência do que se quer que se perceba.
Trazendo para nosso ambiente, imagino que quando se criaram os escudos dos clubes brasileiros, não havia tal tipo de preocupação, porém qualquer eventual alteração nessa altura do campeonato poderá comprometer os elos de tradição dessas equipes.
Já as confederações são mais flexíveis nesse aspecto e alteram com mais frequência suas logos.

Feitos os devidos comentários, passo para o tema que serviu de inspiração para esse artigo, a criação da logomarca da Rio 2016, que foi apresentada ao público na virada do ano, e que gostei muito.
Figuras interligadas, que além de darem uma interessante conotação de união, remetem à imagem do Pão de Açúcar com cores vivas derivadas da bandeira brasileira e, aproveitando a onda 3 D, tem um aspecto tridimensional.
No entanto, nem todos esses atributos deixaram a logomarca livre das críticas, isso porque foi levantada a suspeita de que a mesma seria uma derivação da logo da fundação americana Telluride ou da pintura “A dança”de Matisse.
Na verdade, qualquer processo de criação é inspirado e influenciado por fatos, imagens e lembranças, os quais muitas vezes estão no subconsciente dos criativos.
Aliás, em minha opinião foi isso o que ocorreu na criação da logo da Rio 2016.
Não quero com isso dizer que não existam os aproveitadores e usurpadores de ideias alheias, claro que existem, porém é muito difícil tecer julgamentos sem levar em consideração o histórico desses profissionais.
Já tive a oportunidade de ver criações quase idênticas, sobre as quais, os supostos plagiadores possuíam verdadeiros dossiês com as explicações sobre o processo que os levaram a chegar àquela forma.


Com tantos desenvolvimentos de logos e marcas, ficará cada dia mais difícil ser original, portanto, há que se ter paciência e tolerância com as “coincidências”, mesmo porque, o mercado depois de um tempo consegue separar bem o joio do trigo.

4 comentários:

  1. Idel,

    Primeiramente, ressalto que fiquei com uma impressão muito positiva ao conhecê-lo. Realizamos uma entrevista esclarecedora e com excelente conteúdo. Domingo estará no ar no Flu & etc. Obrigado mesmo por sua atenção para conosco.

    Além disso, o maior objetivo desse comentário, obviamente, é parabenizá-lo pelo excelente trabalho aqui neste blog. Comecei a ler os posts e ainda não consegui parar. Textos muito bem elaborados e sobretudo, elucidativos. Gostei especialmente de sua análise quanto a logomarca dos jogos olímpicos, opinião que particularmente compartilho, fora é claro, a crítica aos que se julgam "entendedores" de marketing, tema realmente pertinente. Passarei a acompanhar seus textos diariamente.

    Abraço,
    Marcello Vieira

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  2. Idel,

    Forçando um pouco a memória para lembrar de alguns casos, somente Náutico e Internacional aqui no Brasil mudaram seus escudos recentemente. A justificativa do Náutico acho que foi de jovializar a marca e a do Inter foi de internacionalizá-la, colocando a borda branca em volta do que já existia.

    Quanto ao simbolo das Olimpíadas, qualquer imagem de pessoas de mãos dadas vão falar que é cópia... só faltou citarem o Criança Esperança... rsrsrs

    Abs!

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  3. Oi Marcelo
    Obrigado por seus comentários!
    Abraço

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  4. Oi, Bruno
    Não sabia das alterações desses escudos.
    Obrigado pela informação!
    Abraço

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