terça-feira, 17 de maio de 2011

Quem pode recomendar

A utilização de atletas para divulgar e endossar marcas tem sido um recurso bastante utilizado pelas empresas.
Essa iniciativa associa de tal forma o atleta ao produto, que o mesmo acaba se tornando uma “marca humana”, o que nem sempre é positivo, vide os problemas ocorridos com o golfista Tiger Woods, http://halfen-mktsport.blogspot.com/2010/01/tiger-woods-os-riscos-do-patrocinio.html.
Mas quais seriam os atributos necessários para que um atleta fosse escolhido dentre os demais para representar uma marca em ações publicitárias?
Sem dúvida, o desempenho na competição é fator preponderante, no entanto, é necessário que o atleta possua um estilo próprio, seja hábil e popular.
Assim podemos ver a Nike utilizando o jogador de basquete Michael Jordan para vincular o “bom jogo” a ele.

Apostar em jovens com potencial também é uma prática bastante utilizada pelas empresas.
A campeã de tênis Maria Sharapova, por exemplo, assinou com a Nike quando tinha apenas 11 anos e com a fabricante de raquetes Prince quando tinha 14. Nessa idade, pelo risco de uma aposta errada ser maior, o valor do investimento é menor.
No caso de Sharapova, o retorno foi excelente, pois já aos 17 anos venceu o torneio de Wimbledon.

Os demais atributos valorizados em atletas para endossar algum produto ou marca estão mais voltados para os aspectos menos relacionados ao desempenho esportivo, são eles: personalidade, carisma, singularidade, relacionamento com os fãs e atratividade física.
Em relação a esse último, a tenista Maria Sharapova também atende aos requisitos, pois executa vários trabalhos como modelo em função de suas características físicas.
Porém, sob esse prisma, o fato que chama mais atenção é o da ex-tenista Anna Kournikova, que nunca venceu um torneio de simples, mas sempre conseguiu excelentes patrocínios em função de sua beleza.
Kournikova chegou a receber US$ 10 milhões em um ano graças aos contratos com Lycos, Omega, lingerie Berlei, adidas e Yonex.
Outro bom exemplo de atleta que consegue reunir vários atributos e ser atrativo aos olhos dos patrocinadores é o inglês David Beckham, que mesmo aos 35 anos e sem o mesmo desempenho de outrora, é cobiçado por empresas ávidas por uma associação positiva ao esporte e por clubes que buscam popularidade.
Na Inglaterra, existe uma forte expectativa a respeito do futuro de Andy Murray, que mesmo sem ser um padrão de estética ou ser um jogador carismático, pode vir a ser o primeiro britânico a vencer um Grand Slam, o que lhe renderia um fator de singularidade junto ao público da Grã Bretanha.

De qualquer forma, independente dos atributos de destaque nos atletas contratados para endossar determinadas marcas, é importante tomar o máximo de cuidado para que a marca não fique totalmente dependente e exageradamente associada ao atleta, afinal, antes de tudo ele é um ser humano, e como tal, sujeito a falhas, que dependendo do grau de gravidade dessas pode causar sérios prejuízos à marca endossada.


Um comentário:

  1. Zé Roberto é o outro lado da moeda de Kournikova:
    http://blogdoodir.com.br/2011/05/a-dificil-volta-de-ze-roberto-ao-santos/

    [...]Falta-lhe carisma e juventude para atrair parceiros-patrocinadores
    Nenhum clube brasileiro pode pagar R$ 385 mil mensais (50% do que Zé Roberto ganha hoje) a um jogador de 37 anos, a não ser que seja um astro e atraia parceiros interessados em bancar seu salário.
    Perceba que Ronaldo e Robinho foram experiências bem-sucedidas de repatriação de craques – pelo prestígio que ainda gozavam e por ainda serem decisivos em campo –, mas o mesmo já não se pode dizer de Ronaldinho Gaúcho, que já é contestado e está com os rendimentos bastante atrasados no Flamengo, e de Luís Fabiano, que até agora não jogou e tem sido esquecido pela mídia.
    Não o tenho visto jogar, mas acredito que Zé Roberto, um profissional que se cuida, de hábitos caseiros, não tenha problemas de se manter bem até os 40 anos. Mas na hora de se conseguir parceiros-patrocinadores, o que mais importa, mais até do que o rendimento do jogador, é o seu carisma, sua capacidade de atrair mídia positiva, de dar retorno de imagem.
    [...]

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