terça-feira, 4 de março de 2014

Contra a impunidade




Relendo alguns textos do blog pude constatar que os três assuntos que mais despertaram minhas citações de contrariedade foram:

· Os referentes aos casos de doping;

· Os supostos especialistas que sem terem uma visão total sobre algum tema, tecem considerações sem a devida preocupação com a credibilidade;

· O assassinato cometido pelo Pistorius.

Paralelamente também constatei que evitei ao máximo abordar temas políticos por querer não misturá-los com o esporte, até porque, se assim fizesse seria obrigado a entrar numa seara que não domino e repetir a mesma postura que condeno dos que não conhecem algum assunto e palpitam sem compromisso com a responsabilidade.

Apesar de pretender seguir nessa mesma linha, dessa vez não vou deixar passar em branco um fato que já chamou a atenção de parte da imprensa, mas que ainda não veio à tona como imagino que deveria vir.
Refiro-me às denúncias  de irregularidades que culminaram com a saída do superintendente da Confederação Brasileira de Voleibol.
Por uma questão de coerência, vou me eximir de julgar a situação por não conhecê-la com os devidos detalhes, porém vale ser destacado que até o momento só ouvi e li acusações, o que me parece sintomático.

Talvez a quantidade de escândalos na política já devessem ter me propiciado “anticorpos”. Graças a Deus não os criei, mas confesso que por cansaço e falta de esperança muitas vezes abstraio, mesmo deixando escapar esporadicamente uma revolta represada.
Tentei fazer o mesmo em relação ao esporte, mas diante do ocorrido não é possível, até porque, trata-se de uma situação bem similar à que serve de argumentos para a defesa de alguns políticos: os fins justificam os meios.

Afinal o voleibol é o esporte mais vitorioso do Brasil e o que teve o crescimento mais sólido.
Só esquecem de considerar nessa equação, a possiblidade do esporte ser ou ter sido ainda mais vitorioso.
Isso sem contar que o ramo esportivo por si só já sofre para ser visto pelos empresários como uma opção atrativa de investimento, e que qualquer mácula prejudica não apenas o infrator, mas toda a cadeia que orbita na atividade.
Aliás, são inúmeros os casos de confederações que sofrem até hoje dificuldades em conseguir patrocínios em função das “falcatruas” de seus antigos dirigentes, ou pior, de dirigentes de outras modalidades.

Pelo bem do esporte seria ótimo que, caso as irregularidades sejam provadas na CBV, os acusados sejam condenados, punidos e a quantia desviada volte a quem de direito.

Quem sabe o esporte não sirva, também nesse caso, como um exemplo para a nação.


3 comentários:

  1. O mínmo que se espera é que a CBV se pronuncie.

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  2. E que o MP e demais autoridades responsáveis façam a investigação séria do caso.

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