terça-feira, 12 de maio de 2015

Pop Up Stores - Lojas temporárias

Durante muito tempo as empresas de varejo dedicaram grande atenção ao comércio eletrônico, chegando ao ponto de certas empresas trabalharem apenas com essa modalidade.
Hoje, no entanto, há um processo inverso, ou seja, os varejistas passaram a voltar suas atenções às lojas físicas, tanto que a própria Amazon já abriu uma loja dentro da Purdue University em Indiana e planeja outras inaugurações.
A principal razão desse processo é a busca pelo relacionamento com o cliente, de forma que ele tenha acesso à experiência, sendo que essa não se restringe à experimentação do produto em si, mas também à atmosfera do ambiente. Isso permite ainda o fortalecimento da marca e mais pontos de diferenciação em relação aos concorrentes.
Impulsionado por essa busca de identidade, ganha força também o que chamamos de “Pop Up Stores” (lojas temporárias), que nada mais são do que lojas que permanecem abertas por curtos períodos, sendo, inclusive, um dos modelos utilizados pelos varejistas online.
Essa modalidade de varejo, mesmo requerendo menor investimento - já que os equipamentos podem ser alugados e as luvas isentadas pelos shoppings - não costumam ter como objetivo principal o lucro operacional.
A capacidade de promover e avaliar a aceitação de produtos, aliada ao aspecto de surpreender o cliente ao surgir num local em que ele não está acostumado a encontrar aquela marca, são fortes fatores de atratividade do negócio.
No mercado esportivo, temos dois cases interessantes de serem citados:
O da Netshoes, varejista online especializado em artigos esportivos, que instalou em um dos melhores pontos da cidade de São Paulo uma estrutura que ficou conhecida como a menor maior loja do mundo, a qual nada mais era do que uma fachada de 37 cm de largura sob um toldo com a logo da empresa, onde havia um mini tablet que permitia ao cliente comprar com 20% de desconto mais de 40 mil itens.
E o da Adidas, que abriu uma loja temporária em Londres para homenagear o tenista americano Stan Smith, o qual dá nome a um modelo de calçado que foi relançado em 2014.
Para valorizar a experiência, a loja era uma réplica da caixa do calçado, e dava ainda ao cliente a oportunidade de personalizar o produto de edição limitada, além de acompanhar a impressão em 3D de sua foto e assinatura no espaço que originalmente caberia ao ídolo Stan Smith.
Como podemos ver, a capacidade criativa para promover interação com o cliente tende ao infinito, no entanto, tão importante quanto a iniciativa que será adotada, é ter um acompanhamento detalhado sobre as tendências do mercado e, evidentemente, objetivos estruturados, seja lá qual for o ramo de atividade.






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