terça-feira, 7 de junho de 2016

Muhammad Ali eterno


Quero com esse artigo homenagear um atleta, que sempre será um modelo de inspiração, e também mostrar que ídolos ganham, perdem, casam, separam, erram, acertam, enfim, têm atitudes como as de qualquer pessoa, mas que se diferem através de suas essências e na forma de se posicionarem acerca das situações que a vida reserva.
A importância do ídolo esportivo, então, é algo inquestionável, eles têm o poder de aumentar a popularidade do time, da modalidade que praticam e até do país de origem, isso sem falar das causas e marcas que endossam.
A história nos brinda com alguns grandes ídolos na verdadeira concepção da palavra, entretanto, pouquíssimos tiveram a capacidade de se tornarem um sinônimo mundial da modalidade que praticaram e a coragem para defenderem causas que lhe renderam prejuízos tanto financeiros como no desenvolvimento da própria carreira.
Talvez o que melhor encarne essa definição seja o pugilista Muhammad Ali, que nos deixou na semana passada após uma luta de 32 anos contra o Mal de Parkinson, na qual colocou em prática algumas das frases que serviram como base para sua forma de ser. 
“Se minha mente pode conceber isso e meu coração pode acreditar, então eu posso alcançar isso”.

Posso afirmar sem receio de errar que:
Graças a Muhammad Ali, passei a conhecer a modalidade e acompanhá-la numa época em que o acesso às informações era bem mais difícil.
Graças a Muhammad Ali, pude tomar ciência da importância das causas sociais, religiosas e dos direitos civis.
Graças a Muhammad Ali, pauto minha vida na determinação.




O tricampeonato mundial dos pesos- pesados, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960, o fato de nunca ter sido nocauteado e as homéricas lutas contra adversários fortíssimos são marcos de sua vitoriosa carreira, sobre os quais não me deterei para não fugir do objeto do blog, mas certamente serão muito bem exaltados pelos veículos especializados e pelos conhecedores do tema.
Prefiro focar nos princípios do lutador e obviamente nos aspectos ligados ao marketing – essência do blog – o qual me faz ver a imagem de Muhammad Ali como algo extraordinário, lembrando que já bastante debilitado pela doença foi contratado para uma campanha da Under Armour.
Na minha opinião, Ali está para a essência do esporte, assim como as marcas genéricas estão para o marketing, ou seja, viraram efetivamente sinônimo da categoria, como é o caso da gillette, nylon e xerox, mas isso é assunto para outro texto, até porque essa condição implica em grandes riscos para o detentor da marca.
Risco que o boxe não corre com a associação ao maior pugilista de todos os tempos, ao contrário, pode ser até uma ótima oportunidade para resgatar a popularidade da modalidade. 
Contudo, para isso serão necessários: campanhas mostrando os valores envolvidos na nobre arte – e para isso a imagem de Ali é fundamental – , e seguir a risca outra de suas frases: “Aquele que vê o mundo aos 50 anos da mesma forma que o via aos 20 desperdiçou 30 anos de sua vida".

Uma declaração do pugilsta Roy Jones Jr. define bem o meu sentimento em relação a essa perda: "Meu coração está profundamente triste, mas aliviado que o maior está agora descansando no maior lugar. Que Deus abençoe a família e todos que são deixados para trás. Não haverá nunca outro como ele”.

Termino com mais uma de suas frases, a qual acredito ter servido como inspiração para a excelente campanha da Adidas - Impossible is Nothing - , e que para mim é uma referência de comportamento: 
“Impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca que prefere viver no mundo como está em vez de usar o poder que tem para mudá-lo. Impossível não é um fato, é uma opinião. Impossível não é uma declaração, é um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário”. 






2 comentários:

  1. Fala Idel! Como sempre muito legais teus posts! Até colei a ultima declaração do MA no mural do meu Face! Gde abraço!

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  2. Grande Rui
    Prazer em receber seu comentário.
    Muito obrigado!
    Forte abraço

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