terça-feira, 14 de junho de 2011

LinkedIn no esporte


Entre as diversas ferramentas de marketing, é digno de registro o crescimento do grau de importância das redes sociais.
Cada vez mais empresas, clubes, confederações e atletas estão presentes no Twitter e no Facebook, não apenas para se divulgarem institucionalmente, mas também para realizarem ações promocionais e pesquisas.

Curioso, no entanto, é a pouca atenção que os profissionais de marketing, principalmente os ligados ao segmento esportivo, têm dedicado a outra rede social, o LinkedIn, que recentemente abriu seu capital através de oferta pública na qual os preços de suas ações subiram 110%.
Na verdade, até entre a população em geral o LinkedIn é pouco conhecido, cerca de 100 milhões de usuários fazem parte dessa rede, enquanto que o Facebook tem um número de contas estimado em 600 milhões e o Twitter em 200 milhões.
O LinkedIn difere-se das demais redes por ter um cunho voltado a negócios, lá é possível estreitar relações comerciais, trocar conhecimentos e informações, além de facilitar a busca por profissionais e oportunidades de emprego.
Seu público é formado basicamente por profissionais, executivos e empresas.
Diante dessas informações, a utilização dessa rede por clubes e confederações pode parecer ineficaz e sem sentido, porém, se analisarmos com atenção será possível concluir que o uso do esporte como forma de criar um primeiro contato para um público segmentado e qualificado pode ser uma excelente oportunidade para agregar pessoas que possuam interesses em comum.

O Manchester United tem no LinkedIn um grupo não oficial com 2.500 pessoas, enquanto o Arsenal tem 2.100, tal tipo de iniciativa tem como propósito facilitar a troca de informações, além, é claro, de expandir a rede de relacionamentos de cada membro.
Mas, talvez, o case mais interessante da utilização dessa rede por um clube seja o do Celtic FC Business Network, pelo fato de ser uma iniciativa do próprio clube escocês, que oferece conteúdo exclusivo e informações sobre as ações referentes à gestão da instituição aos cerca de 200 integrantes do grupo.
Reuniões com a presença do CEO do clube e a possibilidade dos membros realizarem negócios entre si incentivados pelo fato de terem interesses em comum são também benefícios que os participantes usufruem.

O que ainda não foi explorado, mas que vejo como uma excelente oportunidade para os clubes e confederações, é o recrutamento de profissionais que se disponham a ajudar de forma voluntária, ou não,  a instituição em algum projeto que eventualmente não esteja sendo executado por falta de recursos.

Vale ressaltar que a configuração das informações de cada membro do LinkedIn permite avaliar suas experiências, habilidades, especialidades e sua rede de contatos, o que também é de extrema valia quando se trata de recrutamento.

Certamente, existem confederações e clubes brasileiros se movimentando para estarem presentes nessa rede, afinal 3% dos usuários do LinkedIn estão no Brasil. 
Entretanto, para que se atinja o potencial de benefícios que as diversas redes sociais podem proporcionar é necessário que as contas estejam  atualizadas e a interação com o público seja constante, sendo que no caso de instituições é bastante recomendável contar com pessoas capacitadas para o exercício dessa função.
O que, aliás, nem sempre é fácil encontrar, porém nada como uma boa rede de contatos para auxiliar nesse recrutamento.


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