A busca por verbas para patrocínios costuma ser uma das maiores dificuldades de atletas, clubes, federações e confederações.
Alguns desses acham que basta ter bons contatos para que o patrocínio apareça.
Alguns desses acham que basta ter bons contatos para que o patrocínio apareça.
Sem dúvida, ajuda muito ser bem relacionado, mas não é o bastante em grande parte das vezes, até porque podem existir concorrentes com uma rede igual, ou melhor de relacionamento.
Dessa forma, é necessário ter em mente que as decisões quanto aos patrocínios passarão de alguma maneira pela área de marketing e que essa precisará de informações para embasar sua decisão, visto que a oferta de oportunidades para a alocação de verbas é gigantesca e variada.
O que quero dizer é que não adianta elaborar projetos “bonitinhos” no que tange à apresentação. É fundamental ter conteúdo e isso não significa disponibilizar “enciclopédias” de dados, já que o tempo do executivo de marketing é demandado por uma série de outras atividades, que lhe reduzem a disponibilidade e faz com que as informações objetivas e quantificadas sejam as mais valorizadas.
Há inúmeros exemplos de materiais que têm a capacidade de deixar uma proposta desejável, porém por uma questão afetiva, vou utilizar um sobre triathlon como benchmarking nesse artigo.
Esse material foi elaborado pelo Active Marketing Group em 2007 para “vender” o esporte.
São apenas 4 páginas, na 1ª aborda-se o mercado do Triathlon, com dados do total despendido com inscrições nas provas - cerca de 20 milhões de dólares - e outras informações ligadas à receita. Na mesma página é citada de forma superficial, a origem do esporte e os fatos mais importantes numa linha do tempo, como a estreia nos Jogos Olímpicos.
As 2ª e 3ª páginas mostram porque o triathlon é um esporte atraente. Aqui se encontram gráficos com a quantidade de triathletas federados na USA Triathlon de 2000 a 2006, como se dá a distribuição percentual por estado e regiões do país, a sazonalidade da incidência de provas, o perfil sócioeconômico dos praticantes, além do percentual do tipo de provas por distâncias (44% olímpico, 26% sprint, 21% meio ironman ou 70.3 e 9% ironman).
Informações sobre o estilo de vida e hábitos dos atletas, além da presença do esporte na mídia complementam essa parte.
Por último, são assinalados tópicos com as diversas formas mercadológicas para se conectar ao mundo do triathlon.
Enfim, informações bem básicas, mas que são suficientes para o objetivo de deixar “desejável” o produto ofertado e facilitar sua venda.
Evidentemente a obtenção desses dados, seu tratamento e a diagramação do material demandarão esforços de marketing.Finalizada essa etapa, não descarto a utilização de uma boa rede de relacionamentos, pois de nada adiantará um bom produto, no nosso caso um bom material, se ele não estiver bem distribuído.