O título do artigo vem entre aspas para deixar explícito que se trata de uma frase proferido por terceiros, no caso, pelo ministro da saúde, mas poderia ter sido pela maioria da população, tamanha a desinformação por parte desta acerca do que vem a ser efetivamente marketing.
Jornalistas, políticos, esportistas e, pasmem, até executivos incorporaram esse tipo de ignorância ao seu cotidiano de oratórias e debates em redes sociais.
A crítica aqui não é voltada à ignorância em si, afinal ninguém é obrigado a conhecer tudo, mas sim à utilização do termo sem saber do que se trata. Constrangimento que poderia ser evitado através de um pouco de pesquisa ou na não utilização do termo.
Pior do que o citado apedeutismo é a reação dos que são alertados a respeito e minimizam o problema, achando que tal confusão não traz consequências mais graves. Ignoram que a distorção tem sido responsável pela descaracterização de uma importante ferramenta de gestão e, consequentemente, pelo desemprego de excelentes profissionais de marketing. Isso sem falar que as próprias instituições acabam perdendo oportunidades de melhorarem seus resultados ao prescindirem deste tipo de executivos.
A confusão entre marketing e comunicação, divulgação e até eventos, já foi tema de relatos e ensaios de vários “gurus” da disciplina, porém, nada adiantou. O mercado está infestado de “profissionais de propaganda” ocupando cargos cujo escopo deveria contemplar conhecimento e experiência em matérias que não dominam. Resultado: as empresas deixam de executar certas funções fundamentais ou as fazem de forma seccionada, isto é, por diversas áreas sem a visão do todo.
Embora seja um quadro alarmante, lamento informar que a distorção se derivou para uma idiotice ainda maior: o marketing virou um sinônimo polido de mentira, antônimo de realidade.
Não são poucas as vezes que nos deparamos com frases opondo seriedade vs. marketing, o que não acontece por maldade ou por algum tipo de intenção ruim, e sim à falta de conhecimento que se incorpora ao cotidiano das pessoas numa velocidade supersônica.
Voltando à fala do ministro da saúde ao acusar o governador de São Paulo de fazer marketing no episódio de lançamento da vacina, devo confessar que, caso a citada declaração não fosse feita em um tom de crítica, eu até tenderia a concordar com o ministro, afinal de contas o governo de SP identificou uma necessidade, buscou fornecedores para satisfazê-la, negociou os valores de acordo com o orçamento de forma a se obter uma boa relação de custo/benefício, elaborou um plano de distribuição que atendesse o público-alvo segmentando-o por padrões demográficos e preparou todo o plano de comunicação para ser colocado em prática assim que o produto pudesse ser lançado.
Convém finalizar explicitando que, ainda que eu tenha minhas convicções políticas, a pretensão do artigo é única e puramente clamar, mais uma vez, para que respeitem e entendam o que é marketing.
Jornalistas, políticos, esportistas e, pasmem, até executivos incorporaram esse tipo de ignorância ao seu cotidiano de oratórias e debates em redes sociais.
A crítica aqui não é voltada à ignorância em si, afinal ninguém é obrigado a conhecer tudo, mas sim à utilização do termo sem saber do que se trata. Constrangimento que poderia ser evitado através de um pouco de pesquisa ou na não utilização do termo.
Pior do que o citado apedeutismo é a reação dos que são alertados a respeito e minimizam o problema, achando que tal confusão não traz consequências mais graves. Ignoram que a distorção tem sido responsável pela descaracterização de uma importante ferramenta de gestão e, consequentemente, pelo desemprego de excelentes profissionais de marketing. Isso sem falar que as próprias instituições acabam perdendo oportunidades de melhorarem seus resultados ao prescindirem deste tipo de executivos.
A confusão entre marketing e comunicação, divulgação e até eventos, já foi tema de relatos e ensaios de vários “gurus” da disciplina, porém, nada adiantou. O mercado está infestado de “profissionais de propaganda” ocupando cargos cujo escopo deveria contemplar conhecimento e experiência em matérias que não dominam. Resultado: as empresas deixam de executar certas funções fundamentais ou as fazem de forma seccionada, isto é, por diversas áreas sem a visão do todo.
Embora seja um quadro alarmante, lamento informar que a distorção se derivou para uma idiotice ainda maior: o marketing virou um sinônimo polido de mentira, antônimo de realidade.
Não são poucas as vezes que nos deparamos com frases opondo seriedade vs. marketing, o que não acontece por maldade ou por algum tipo de intenção ruim, e sim à falta de conhecimento que se incorpora ao cotidiano das pessoas numa velocidade supersônica.
Voltando à fala do ministro da saúde ao acusar o governador de São Paulo de fazer marketing no episódio de lançamento da vacina, devo confessar que, caso a citada declaração não fosse feita em um tom de crítica, eu até tenderia a concordar com o ministro, afinal de contas o governo de SP identificou uma necessidade, buscou fornecedores para satisfazê-la, negociou os valores de acordo com o orçamento de forma a se obter uma boa relação de custo/benefício, elaborou um plano de distribuição que atendesse o público-alvo segmentando-o por padrões demográficos e preparou todo o plano de comunicação para ser colocado em prática assim que o produto pudesse ser lançado.
Convém finalizar explicitando que, ainda que eu tenha minhas convicções políticas, a pretensão do artigo é única e puramente clamar, mais uma vez, para que respeitem e entendam o que é marketing.