Esse trecho da música de Jorge Benjor deveria servir de base para todo e qualquer processo educativo.
E nem tentem falar que o tema não tem relação com marketing ou com esporte, tem sim, e muito.
Na verdade, a inspiração para esse tema se consolidou recentemente ao ver uma discussão sobre um gol de mão.
Os defensores da validação do "gol" alegam que o juiz não viu e só marcou a falta por ter sido alertado por pessoas de fora, o que não é permitido.
Concordo, mas esse erro, que não se justifica, foi uma consequência.
Consequência do autor do gol não ter se acusado e colocado fim à confusão, aliás, admito que querer que se tenha tal atitude no calor do jogo, ainda mais com o time perdendo, é muita pretensão, poucos fariam.
Mas de cabeça fria, seria uma atitude, no mínimo, razoável.
Mas de cabeça fria, seria uma atitude, no mínimo, razoável.
Vale aqui narrar um fato também recente no campeonato italiano: O jogador alemão Klose escorou uma bola com a mão e fez o gol do seu time, o Lazio, numa partida contra o Napoli quando o jogo estava zero a zero.
A postura do jogador foi confessar a jogada ilegal e o gol foi anulado.
O jogador cumpriu seu dever com o esporte e com a sociedade, jogar o bom jogo e ter a consciência de que o papel de ídolo, o torna um exemplo para crianças e adolescentes.
Uma postura diferente dessa acaba nos conduzindo a situações em que crimes são banalizados, assim como acontece, por exemplo, com a defesa do “mensalão” ao alegar que foi apenas caixa dois, como se caixa dois não fosse ilegal.
As justificativas de voto também são pródigas para de passividade diante do errado, o “rouba, mas faz” tem sido responsável por povoar com ladrões nossos congressos, assembleias e governos.
Mas, “e o marketing”, devem estar pensando os que ainda imaginam que o assunto não é pertinente ao blog.
Infelizmente, essa é outra área que, em função da distorção a seu respeito, está repleta de iniciativas mentirosas quanto ao desenvolvimento e comunicação de produtos e serviços.
Profissionais sem o devido conhecimento e ética, acham que podem incluir benefícios às características intangíveis sem que esses existam na prática.
Creio que uma frase do fundador da Revlon, Charles Revlon, ajude a esclarecer um pouco a função do marketing:
“Na fábrica produzimos cosméticos, nas lojas vendemos esperança”.
Ou seja, os produtos são eficazes, mas dependerá do grau de expectativa do consumidor a efetiva compra, cabendo ao marketing ajustar tais expectativas a um nível que não seja frustrante, mas que incentive a demanda.
Por fim, não custa aproveitar o tema do artigo para lamentar a postura de certos jornalistas da imprensa esportiva, que, seja por desvio de caráter, incompetência ou burrice, preferem perseguir clubes ao invés de exercerem sua profissão de forma imparcial e, principalmente, cumprir o dever de estar do lado da verdade e não de seu bolso e/ou coração.
Decididamente não sabem o quanto é bom ser honesto.