O Superbowl acontecerá no dia 7 de fevereiro na Flórida. Para os que não são muito afeitos aos esportes norte-americanos, vale explicar que se trata da decisão da temporada 2009-2010 do campeonato de futebol americano dos EUA, lá conhecido como NFL (National Football League).
Independentemente de se achar o esporte interessante, vale assistir, nem que seja para constatar a capacidade dos organizadores, que conseguem fazer de um evento esportivo, um grandioso espetáculo de entretenimento com apresentações de renomados artistas. Outro fato digno de registro, diz respeito à produção e exibição dos comerciais, onde cada anunciante tenta ser mais criativo do que os demais.
Em 2009, 98,7 milhões de pessoas assistiram a Pittsburgh Steelers e Arizona Cardinals, o que se transformou em recorde de audiência dessa competição, hoje o Superbowl é considerado o mais rentável evento esportivo anual do mundo.
Obviamente, uma audiência dessa magnitude faz com que os valores das cotas e das veiculações tenham preços altíssimos.
O espaço referente a um comercial de 30 segundos, por exemplo, é vendido por cerca de US$ 3 milhões. A rede NBC faturou US$ 213 milhões com a venda das cotas publicitárias no ano passado, valendo lembrar que foi um ano afetado pela crise econômica.
Entretanto, o que mais tem chamado a atenção sob o ponto de vista de marketing é a ausência de anunciantes tradicionais, como General Motors e Federal Express pelo 2º ano consecutivo, além da Pepsi pela primeira vez em 23 anos.
O caso da Pepsi merece uma reflexão, pois a decisão, segundo seus executivos, não teve relação com cortes no orçamento, mas a realocação da verba para o “Pepsi Refresh Project”, ação na qual a empresa concederá prêmios em dinheiro para projetos comunitários.
Se a justificativa for verídica, surge a dúvida: Ações sociais trazem mais retorno do que o esporte?
Não creio, até porque, em tese, um dos benefícios do esporte é promover melhorias sociais.
Talvez, possam estar surgindo algumas dúvidas quanto a isso, fruto de equívocos na gestão do esporte.
Corroboram para essas dúvidas, os maus exemplos dos ídolos que se esquecem da sua real responsabilidade e a desenfreada busca por resultados com a patética justificativa de que os fins justificam os meios.
O tempo provavelmente mostrará as verdadeiras razões estratégicas da Pepsi, enquanto isso devemos ficar atentos para que o esporte seja sempre conduzido com todo respeito e pureza que traz em sua essência, caso contrário, corre o risco de virar apenas um jogo, na pior concepção da palavra.
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