No artigo “A imprensa que imprensa” comentei sobre o uso de recursos eletrônicos nas partidas de futebol e prometi aprofundar o tema no futuro, o que faço agora nesse texto.
Os que são contra o uso das ferramentas alegam que as partidas ficarão mais demoradas e que o “erro do árbitro” faz parte da disputa.
Quanto ao tempo, concordo, porém, devemos considerar que a maior quantidade de minutos viria acrescida de qualidade, tanto pelo aspecto da emoção e apreensão pelo resultado do lance a ser avaliado, como também pela inserção de mais assertividade às decisões.
Sobre o “erro do árbitro”, discordo veementemente, pois seria a mesma coisa de não se fazer exames clínicos já que a doença faz parte da vida, ora bolas.
Até entenderia a argumentação de que poderia haver problemas quanto à instalação das câmeras nos estádios, pois as estruturas dos mesmos podem variar. Isso de fato é um problema a ser analisado, visto que é de fundamental importância que haja isonomia, ou seja, os recursos não podem ser mais efetivos num estádio do que em outro.
Não podemos também ter a pretensão de achar que a adoção desses recursos seja definitiva, nem que os erros estarão extintos. Longe disso, acredito que será um processo contínuo de aperfeiçoamento no que diz respeito à operação – como, quando, quantas vezes e quem pedirá o “desafio” -, além do que, existirão lances que são meramente interpretativos, o que deixa as câmeras sem tanto poder para ajudar na decisão do árbitro.
Como forma de minimizar os problemas em relação à duração dos jogos, seria importante haver, como já acontece no voleibol e no tênis, um limite de desafios, o que faria com que as equipes fossem parcimoniosas na hora de solicitá-los e ainda possibilitaria uma diminuição na quantidade de reclamações, pois, ao invés de reclamar, seria facultado ao reclamante a opção de “desafiar”.
A adoção desses recursos também acabaria com os processos dos clubes que alegam “interferência externa”, afinal, essa efetivamente seria permitida.
Na verdade, é muita ingenuidade supor que a interferência externa não existe nos dias atuais, pode até ser que ela não ocorra imediatamente, mas muito provavelmente os lances polêmicos são discutidos no intervalo, o que, no meu modo de ver, se caracteriza como infração.
Com a influência externa liberada e com um limite de “desafios” por tempo, caberá ao time escolher de forma criteriosa os lances a serem analisados, pois caso peça de forma indiscriminada, pode estar desperdiçando oportunidades importantes. Ressaltando que no voleibol e no tênis, caso a equipe esteja com a razão no pleito, a quantidade de desafios a ser solicitada permanece igual.
Assim, se consegue dos times uma espécie de cumplicidade nas decisões do árbitro, já que a "não solicitação" do desafio pode ser um indício de que nem a própria equipe tinha tanta certeza quanto ao lance.
Pelo prisma de marketing, a implantação do “desafio” servirá para o aumento da credibilidade da modalidade – não podemos nos esquecer que as empresas sérias buscam com o patrocínio a associação de seus valores aos dos patrocinados -, e que, se bem formatado, o evento de “checagem” pode se transformar numa propriedade com alto valor comercial.
Pelo prisma de marketing, a implantação do “desafio” servirá para o aumento da credibilidade da modalidade – não podemos nos esquecer que as empresas sérias buscam com o patrocínio a associação de seus valores aos dos patrocinados -, e que, se bem formatado, o evento de “checagem” pode se transformar numa propriedade com alto valor comercial.
No futebol americano os técnicos jogam apenas um pano vermelho em campo , muito simples . Se errarem perdem seus times out que paralisam o cronometro , artifício importante em jogos difíceis .
ResponderExcluirExcelente ideia.
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