terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Negócio da China

O país mais populoso do mundo vem se transformando também numa das mais robustas economias. 
Esse desenvolvimento, obviamente, também se reflete no mercado esportivo. 
Fatos como o recente prêmio China´s Sports Team of the year conquistado pelo AC Milan, da Itália, corroboram para essa afirmação.

Na conquista por esse território, os clubes europeus estão à frente dos sul-americanos principalmente em função da maior proximidade.
Contudo, no segmento esportivo, não apenas os clubes estão investindo no mercado chinês, empresas de material esportivo também perceberam o enorme potencial do país e focam esse mercado com políticas de mercado bastante agressivas, onde competem inclusive com grandes empresas locais como a Li Ning.
A adidas, por exemplo, tem 18% do seu faturamento no mercado chinês. 
Dos clubes que ela veste, o Milan é o que mais vende produtos, 37% do seu mix, o que é um número considerável, ainda mais se levarmos em conta que a empresa também fornece para outros grandes clubes, como Fluminense, Real Madrid, Chelsea e Bayern Munich. 

Vale também destacar que o Milan foi apontado em pesquisas como o time estrangeiro com mais torcedores naquele país, 31%. 
Não há como negar o excelente trabalho que o clube realiza, que vai desde a criação de escolinhas no país à elaboração de site em mandarim. 
Também deve ser destacado que a Super TIM Cup, na qual o Milan se sagrou campeão, foi transmitida para a China e teve uma audiência estimada em 72 milhões de espectadores, sendo considerado o evento esportivo mais assistido no país em 2011. 

Evidentemente, pouco adiantaria ter os jogos televisionados para um público tão expressivo se o clube não fosse bem na competição e não houvesse boa distribuição de seus produtos, porém, a recíproca também se faz verdadeira nesse caso. 
Já para os clubes sul-americanos, a situação é mais complexa em função do fuso horário menos razoável, que fatalmente prejudica as negociações para transmissões de jogos ao vivo. 
Mesmo assim, trata-se de um mercado extremamente interessante que deve ser trabalhado, principalmente pelos clubes que pretendam ser globais.

2 comentários:

  1. Grande Idel,

    Recentemente estive no Japão, um mercado em recessão, mas mais maduro do que a China, onde visitei o Kashima Antlers. Fui apresentado a toda estrutura do clube pelo press officer do Antlers e percebi então como o mercado asiático é negligenciado pelo futebol brasileiro.

    O Internacional e o São Paulo, por exemplo, tem um reconhecimento de marca considerável entre os fãs japoneses. Ao conversar com torcedores no Kokuritsu, estádio nacional do Japão, o nome dos dois clubes foi repetitivamente citado.

    Entretanto, quantos clubes brasileiros possuem sites em japonês ou chinês? Apenas o Internacional e, mesmo assim, a versão nipônica do site colorado é sofrível.

    Estamos perdendo um mercado vastíssimo. Mesmo com a recente baixa do futebol brasileiro em escala global, a demanda asiática por nossos produtos é altíssima. A camisa da Seleção é destaque absoluto nos grandes retailers da China e do Japão, como a JSPORTS.

    O Kashima, clube japonês mais vencedor, guarda como verdadeiros tesouros as camisas de times brasileiros com os quais jogou. Entre elas, estava a camisa tricolor de 1995, Renato Gaúcho.

    Há quase um ano, na condição de sócio e torcedor do Flu, vim aqui questioná-lo sobre a então ainda incipiente reforma do site oficial. Agora que ela está completa, venho parabenizá-lo. Está ótimo!

    Mas não podemos parar por aí. O Fluminense tem muito a crescer e muito a se projetar. Nosso site em inglês tem de ser de ponta, relacionando nossas origens britânicas com clubes como o Liverpool, onde nosso artilheiro Henry Welfare iniciou seus passos no futebol.

    Um site em mandarim, por exemplo, seria um ótimo chamariz para chineses de Guangzhou, metrópole industrial em franca expansão, espantados com o futebol de Conca.

    Um 2012 de muito sucesso para você e para o nosso Fluminense.

    Abraços,
    Antônio Bueno

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  2. Caro Antônio

    Mesmo reconhecendo que o fuso horário e a distância são fatores que prejudicam a aproximação com a Ásia, também acho que os clubes sul-americanos deveriam ficar mais atentos a esse mercado.
    Em relação ao site, a tendência é aprimorá-lo, creio que em breve teremos mais surpresas boas.

    Abraço

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