O recente anúncio da fusão entre American Airlines e US Airways trouxe, por mais estranho que possa parecer, reflexos no ambiente esportivo.
Tal fato não se deveu ao temor de um eventual aumento de preços das passagens aéreas, mas de como será o nome da arena em Phoenix, onde o Suns (NBA) e o Mercury (WNBA) sediam seus jogos e a US Airways é detentora dos naming rights.
Essa arena começou sua operação em 1992, na época os naming rights pertenciam à America West Airlines e foi denominada de West Arena America até 2005, quando houve a fusão dessa empresa com a US Airways.
O mercado prevê que num primeiro momento nenhuma mudança ocorrerá, porém a tendência é que em breve a arena passe a adotar um nome associado à American Airlines.
Se isso de fato ocorrer, a arena de Phoenix será a terceira com essa marca, visto a existência do American Airlines Center em Dallas, onde Stars (NHL) e Mavericks (NBA) mandam seus jogos e da American Airlines Arena, sede dos jogos do Miami Heat.
Apesar da US Airways ter sua sede em Phoenix, não creio que uma eventual alteração traga maiores problemas à nova marca "titular".
Contudo, o objetivo da exposição desse fato é trazer a reflexão acerca das consequências que o esporte pode sofrer num processo de M&A (Mergers & acquisitions – Fusões e aquisições).
Existem para o segmento, três diferentes situações desse processo:
- A empresa que é a adquirente ou que ficará à frente da gestão tem a cultura do patrocínio esportivo.
- A adquirente não ter como política a utilização do esporte como ferramenta de marketing.
- Por fim existe a situação em que ambas as empresas compartilham da mesma visão em relação ao esporte.
Se não costumam patrocinar, provavelmente assim se manterão.
Se já patrocinam, como é o caso do tema que deu origem ao texto, a situação é mais favorável ao esporte, a menos que esses patrocínios sejam referentes a equipes da mesma modalidade esportiva e as empresas deem seus nomes aos respectivos times.
Exemplificando, a Oi e a Brasil Telecom tiveram equipes de voleibol feminino, a primeira em Campos e Macaé e a segunda em Brasília.
Algum tempo depois, a Brasil Telecom se fundiu com a Oi, que na época já não tinha mais o time de voleibol.
Porém, caso a equipe ainda estivesse ativa haveria um sério problema, cuja solução, certamente, passaria pelo fim de um dos times com o possível aproveitamento das melhores jogadoras e a dispensa das demais.
O que, aliás, é o quadro que ocorre nas fusões no mundo corporativo, onde os profissionais passam a disputar com seus pares da empresa adquirida ou adquirente, as posições do novo organograma.
Ao que tudo indica, o cenário de consolidação de empresas irá perdurar por um longo período, sendo assim, resta torcer para que as organizações que ficarão à frente dos novos conglomerados acreditem na força do esporte para seus respectivos mercados.
[...]Ao que tudo indica, o cenário de consolidação de empresas irá perdurar por um longo período, sendo assim, resta torcer para que as organizações que ficarão à frente dos novos conglomerados acreditem na força do esporte para seus respectivos mercados.
ResponderExcluirOu em uma visão mais pragmática, observar e comprovar que as organizações que acreditam na força do esporte para seus respectivos mercados são as duradouras.
Faz sentido...
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