terça-feira, 14 de setembro de 2010

Londres, serei você amanhã?

Baseado no excelente estudo realizado pela empresa Agência Futuro, que foi até Londres conhecer os projetos de infraestrutura para as Olimpíadas de 2012, tecerei algumas considerações sobre pontos que julguei de suma importância e que deveriam servir como referência para os jogos olímpicos de 2016.

A candidatura de Londres teve como um de seus principais objetivos, fortalecer o posicionamento da cidade como a capital de serviços da Europa, além de fomentar as indústrias ligadas ao esporte e entretenimento do país.
O Rio de Janeiro poderia aproveitar a realização dos jogos de 2016 para tentar consolidar-se como o principal destino turístico da América do Sul, ainda mais diante dos problemas que os royalties do petróleo e o esvaziamento de certos ramos de atividade têm causado na economia do estado.
Em relação à habitação, Londres regenerou bairros economicamente deprimidos, o que propiciou à cidade uma maior oferta de locais com boas condições de moradia.
Já o projeto do Rio de Janeiro contempla a revitalização da região portuária, o que parece ser uma excelente iniciativa.

Sobre o tráfego, estima-se que os atletas chegarão no máximo em 20 minutos aos diversos locais de competição, graças ao fato da vila olímpica inglesa estar situada dentro do parque olímpico.
Esses apartamentos da vila olímpica não disporão de garagem, visto que os jogos têm como uma de suas marcas, o fato de ser um evento que usará exclusivamente o transporte público.
Por outro lado, o trânsito cada vez mais caótico no Rio, não permite um bom prognóstico nesse sentido, mesmo considerando a ampliação do metrô e outras obras viárias.

Londres também tem envidado os maiores esforços para que as estruturas esportivas construídas para os jogos não fiquem sem utilização após o término dos mesmos.
Para que tal problema não ocorra, algumas áreas serão vendidas ou locadas à iniciativa privada, enquanto outras serão construídas em caráter provisório, o que permitirá que essas mesmas estruturas possam ser transferidas para outras cidades que venham a sediar competições.
Seria importantíssimo que o Rio fosse bastante criterioso nesse sentido, não só pelo prisma econômico, mas também como forma de aproveitamento desse legado como instrumento de inclusão social.
Outra iniciativa dos ingleses, digna de destaque, foi a criação de uma rede para incentivar as empresas locais a se inserirem nos processos de fornecimento de produtos e serviços para os jogos.
Por fim, vale registrar toda a atenção que Londres está dando aos fatores ambientais e à transparência das ações, medidas essas que deveriam ser adotadas por qualquer tipo de organização independentemente de evento ou situação.

Para quem quiser conhecer mais sobre o planejamento de Londres 2012, recomendo acessar o site da Agência Futuro- http://www.agenciafuturo.com.br/



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