As confederações que regem os esportes olímpicos no Brasil têm nos patrocínios sua grande fonte de receita, além, é claro, dos incentivos oriundos de leis específicas dos poderes públicos.
Infelizmente, a maioria desses patrocínios acaba sendo obtida, pelo menos até o momento, em função dos relacionamentos que os gestores das confederações ou pessoas por eles delegadas têm com os responsáveis pelas empresas patrocinadoras.
Esse, entretanto, é um quadro que está sendo mudado em função da crescente valorização que o esporte adquire como ferramental de marketing.
Infelizmente, a maioria desses patrocínios acaba sendo obtida, pelo menos até o momento, em função dos relacionamentos que os gestores das confederações ou pessoas por eles delegadas têm com os responsáveis pelas empresas patrocinadoras.
Esse, entretanto, é um quadro que está sendo mudado em função da crescente valorização que o esporte adquire como ferramental de marketing.
Dentro desse novo cenário, os gestores das confederações precisarão cada vez mais estar preparados para administrar o esporte, e isso não se restringe ao desenvolvimento técnico, à geração de receitas e ao controle financeiro, mas também ao foco no mercado.
Sendo assim, não enxergar as demais modalidades esportivas como concorrentes é um grave erro.
Um bom exemplo dessa disputa ocorre nos EUA, onde quatro ligas dominam o esporte no país (NFL – National Football League, NBA – National Basketball Association, MLB – Major League Baseball e NHL – National Hockey League), nesse caso, as próprias ligas regulam seu mercado e os calendários são elaborados para que não haja coincidência de datas entre os eventos mais importantes.
Já o soccer, o nosso futebol, tem o noticiário da MLS (Major League Soccer) em reduzido espaço nos meios de comunicação, enquanto que a exposição do material esportivo da modalidade é relegado às áreas menos nobres e mais escondidas dos estabelecimentos de varejo.
Tais características atestam bem a pouca importância que é dedicada a esse esporte.
Porém, a expressiva alteração do perfil demográfico do país tem trazido reflexos no ranking esportivo americano, o qual já aponta a MLS próxima de ultrapassar a NHL e assim se tornar o 4º esporte mais popular dos EUA.
Em 2010, a MLS obteve um público médio de 16.675 espectadores por jogo, um aumento de 4% cento em relação a 2009, já a NHL obteve uma média de 17.072 torcedores por jogo, o que representou uma queda de 3 % em relação ao ano anterior.
Cumpre ainda informar, que a maioria dos jogos da MLS transmitidos pela televisão superaram a audiência dos jogos da NHL.
Esses números exemplificam bem as vantagens de se gerir o esporte com foco no mercado.
A MLS, atenta às mudanças no perfil demográfico, identificou que 85% da população hispânica dos EUA têm raízes em países onde o futebol/ soccer é o esporte mais popular e que 33% do público que acompanha a MLS é composto de latino-americanos (esse contingente na NBA – 2º esporte mais acompanhado por latinos - é de 16%).
De posse desses dados, a MLS concentra esforços nesse segmento e tem conseguido, após apenas 15 anos de existência, excelentes resultados.
No Brasil, a utilização de pesquisas e estudos de mercado por parte de confederações - e até de clubes - ainda é tímida, o mesmo pode se dizer a respeito da preocupação pela conquista de espaço, tanto no que tange à preferência do público como na atratividade perante aos patrocinadores.
O que é um grave equívoco, visto que a popularidade de uma modalidade esportiva é uma variável que pode ser trabalhada, porém, para que isso ocorra é imprescindível a obtenção de informações e o monitoramento constante das mesmas.
Em resumo, ficará cada vez mais inconcebível gerir o esporte sem uma visão estratégica de marketing´
Acho que a falta destas pesquisas e estudos devem-se a predominância da preferência popular pelo futebol.
ResponderExcluirParabéns pelas postagens.
Sempre arrazando em tuuuudo.
Bjo :.)
Caro Juju
ResponderExcluirObrigado por seu comentário.
Abs