Quando se faz menção ao alto grau de competitividade do mercado, geralmente remetemos a imaginação para a disputa por clientes que venham a se interessar pelos produtos e/ou serviços ofertados.
Na verdade, a competição é muito mais complexa, pois a disputa envolve também o tempo, a confiança e a atenção que o cliente dedicará a cada oferta.
Estudos apontam que em um único dia, o ser humano é exposto a tamanha gama de informações, que se dedicasse 60 segundos a cada item exposto demandaria 800 anos para atentar a todos.
Sobre esse fato se aplica bem uma frase do economista Herbert Simon, vencedor do prêmio Nobel de Economia em 1978:
“O que uma informação consome é bastante óbvio. Ela consome a atenção de todos os seus receptores. Daí, uma riqueza de informações cria uma pobreza de atenção.”
Dessa forma, o quesito originalidade passa a ser decisivo nessa disputa.
Esse raciocínio também pode e deve ser aplicado às equipes e modalidades esportivas em suas eternas buscas por receitas, sejam essas advindas de patrocínios, bilheteria, licenciamento e direitos de transmissão.
Dentro desse contexto, chama atenção a iniciativa de uma dupla de vôlei de praia inglesa - Zara Dampney e Shauna Mullin.
Conforme foi comentado no artigo "A sensualidade e o marketing", existe uma forte tendência de se explorar a sensualidade no ambiente esportivo, e nesse aspecto, o vôlei de praia feminino é uma das modalidades que mais atrai a atenção dos que assistem à competição atraídos por “outros” interesses.
Tanto que grande parte das fotografias sobre esse esporte traz closes dirigidos às partes sensuais das atletas.
Tanto que grande parte das fotografias sobre esse esporte traz closes dirigidos às partes sensuais das atletas.
Baseado nessa particularidade, a dupla inglesa resolveu capitalizar em cima desses atributos, para isso cada jogadora usará na parte de trás do biquíni, um QR Code - uma espécie de código de barras que ao ser fotografado por um smartphone remeterá a um link de um site.
Nesse caso, trata-se de um site de apostas online, o Betfair, que se aproveitará da atratividade dessa parte das atletas para anunciar seus produtos.
Sem dúvida, uma iniciativa de extrema originalidade, na qual os patrocinadores utilizam tecnologia e a sensualidade das jogadoras para comunicarem seu produto e atraírem a atenção do público nos jogos.
Sem dúvida, uma iniciativa de extrema originalidade, na qual os patrocinadores utilizam tecnologia e a sensualidade das jogadoras para comunicarem seu produto e atraírem a atenção do público nos jogos.
Não podendo ser desprezada a divulgação que essa ação obterá nas editorias esportivas e de negócios dos veículos de comunicação, além, é claro, em alguns blogs de marketing.
Acho lamentável a exploração da sensualidade no ambiente esportivo, cujo interesse, tanto por parte dos expectadores, patrocinadores e principalmente dos atletas, deveria estar voltado para o desempenho e não para as "partes sensuais" das atletas.
ResponderExcluirInfelizmente, não é o espírito esportivo que move essa engrenagem e sim o interesse econômico.
ops, digo: espectadores
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