Os critérios de classificação para os Jogos Olímpicos, apesar de definidos previamente, só costumam ter a atenção do público às vésperas das competições classificatórias.
Assim como as características diferem entre modalidades esportivas, os critérios também variam, tanto no que tange a esportes como aos países.
Explicar todos eles requereria um espaço muito maior, mesmo assim, a título de exemplo, vamos citar algumas modalidades.
Nos esportes coletivos, o país sede tem a vaga garantida, enquanto as demais são definidas em torneios pré-definidos.
Os esportes individuais como natação e atletismo têm um tempo estabelecido como índice para cada prova e só podem participar das Olimpíadas os atletas que obtiverem um tempo igual ou menor.
No caso de países que tenham mais atletas com índice do que vagas - 2 por países na natação e 3 no atletismo - a classificação se dá através de competição, o que difere aqui é o período em que essa ocorre.
Nos EUA, o famoso “trials” para as modalidades citadas acontece bem perto das Olimpíadas – o da maratona com cerca de 6 meses de antecedência – enquanto em outros países a antecedência é superior.
A principal justificativa para uma data tão perto é a de que essa proximidade consegue reproduzir uma pressão similar à dos Jogos, e assim, se consegue selecionar os atletas mais bem preparados sob todos os aspectos.
A principal justificativa para uma data tão perto é a de que essa proximidade consegue reproduzir uma pressão similar à dos Jogos, e assim, se consegue selecionar os atletas mais bem preparados sob todos os aspectos.
No Triathlon, 55 vagas por sexo são disputadas e cada país pode levar até 3 representantes por gênero, limitados a 8 países.
Sobre esse esporte, a Jambo Sport Business realizou um estudo http://www.slideshare.net/jambosb/triathlon-nos-jogos-olmpicos-20002012
que, além de detalhar os critérios de classificação desse esporte, faz um comparativo entre o desempenho das nações nas Olimpíadas desde 2000, ano em que a modalidade passou a fazer parte dos Jogos.
Pelo fato dos critérios de classificação não terem sofrido grandes alterações, foi possível utilizar também esse parâmetro como indicativo de performance.
O estudo mostra que Austrália, EUA e Japão mandaram equipes femininas completas – 3 atletas - em todas as edições desde Sydney, entretanto o Japão nunca conquistou medalhas e os EUA obteve apenas uma de bronze.
No masculino, os países que sempre estiveram presentes com equipes completas foram França, Inglaterra e Nova Zelândia, desses apenas o último conquistou medalhas.
A análise também contempla a evolução dos países e mostra, por exemplo, que a Rússia não levou nenhum atleta em 2000, classificou apenas um em 2004 e teve equipe completa tanto no masculino como no feminino em 2008, o que se repetirá em 2012.
O Brasil, apesar de ainda não ter conquistado nenhuma medalha, é o 11º país em número de atletas classificados, sendo que nas duas primeiras Olimpíadas levou equipes completas no masculino e no feminino.
O Brasil, apesar de ainda não ter conquistado nenhuma medalha, é o 11º país em número de atletas classificados, sendo que nas duas primeiras Olimpíadas levou equipes completas no masculino e no feminino.
Os dados apresentados não indicam correlação entre medalhas conquistadas e atletas classificados, contudo, é possível identificar como está o grau de desenvolvimento de cada nação em relação ao Triathlon.
Por fim, é importante frisar que tal tipo de estudo não tem a pretensão de substituir a sensibilidade e conhecimento dos profissionais envolvidos com a parte técnica do esporte, mas serve para complementá-la, além de servir para que os gestores esportivos busquem informações mais aprofundadas sobre as nações que se destacam.
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