terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tecnologia da Informação no esporte

Não! Não houve nenhum engano, o blog continua sendo sobre marketing e suas derivações no ambiente do esporte.
Contudo, tanto no meio corporativo como no esportivo é impossível trabalhar o marketing sem uma forte e competente estrutura de TI.

CRM (Customer Relationship Management) e relatórios sobre índices de mercado, entre outros,  são alguns exemplos de necessidades que o marketing possui e que a área de TI é fundamental para a obtenção.

No entanto, ao contrário do meio corporativo, onde a TI encontra-se num estágio extremamente avançado, no esporte brasileiro ainda há muito a ser desenvolvido nesse aspecto, tanto nas confederações como nos clubes brasileiros.
Já no esporte americano, cujo modelo de gestão considero como um excelente benchmarking para quem queira entender o segmento com o devido grau de seriedade, a área de TI é vista como primordial.
Tal peculiaridade rendeu um artigo na Forbes de dezembro sobre Bill Schlough,  CIO (Chief Information Officer) do San Francisco Giants há 14 anos.
Essa tradicional equipe de baseball tem tido um desempenho na MLB (Major League Baseball) similar ao do Fluminense no cenário do futebol brasileiro, ao conquistar dois títulos nos últimos três anos. 

Entre os pontos mais interessantes abordados no artigo valem ser destacados:
  • Ingressos – Schlough elege essa operação como a mais desafiadora da operação, pois começa de forma online e termina numa catraca. Ou seja, existem inúmeras oportunidades para a obtenção de dados sobre o “consumidor”, mas também riscos inerentes a incompatibilidades entre sistemas, além dos eventuais problemas de equipamentos, pessoas e demais componentes da operação.
O Giants atraiu para seu estádio, o AT&T Park em 2012, o total de 3,3 milhões de pessoas. 
  • Wi-Fi e engajamento – O CIO afirma que é fundamental o oferecimento de Wi-Fi, de forma a permitir que os torcedores se conectem e interajam com o “mundo externo” do estádio.
O AT&T Park possui 334 pontos de acesso e hospedou em 2012, 870.000 visitantes únicos na sua rede durante os jogos.
  • Mobilização – Ações que incentivem a mobilização do torcedor têm muito mais chances de sucesso com uma estrutura forte de TI.
O executivo do Giants citou a iniciativa de espalhar quiosques ao redor do estádio, de forma a estimular os torcedores a votarem virtualmente nos jogadores do seu time para a seleção do All Star Games.
  • Estatísticas – Existem milhares de possibilidades de registros em um jogo, que, quando parametrizados com dados históricos, permitem variadas oportunidades de comunicação em tempo real e, consequentemente, mobilização.
  • Análises técnicas – Além de auxiliar a comissão técnica no que diz respeito ao desempenho esportivo e físico dos atletas, uma boa área de TI consegue municiar de informações outras áreas do clube/confederação.
  • Vídeo ao vivo – O AT&T Park tem 577 TV’s de alta definição em suas instalações. A edição de lances propicia ao torcedor uma experiência ainda melhor na ida ao estádio e gera conteúdo para seus portais e redes sociais.  
Em resumo, o número de iniciativas que podem se reverter em receitas através do esporte tende ao infinito, entretanto para que as mesmas tenham o esperado sucesso é imprescindível uma área de TI eficaz.

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