Ainda que pouco usual no Brasil, o consumo de produtos associados a ídolos tem uma forte demanda nos EUA.
Os números da NBA relativos às vendas de camisas e tênis ilustram bem esse comportamento de consumo.
Os números da NBA relativos às vendas de camisas e tênis ilustram bem esse comportamento de consumo.
De acordo com a própria NBA, que controla as informações de vendas de camisas, a temporada 2011-2012 teve como campeão de vendas no mercado interno, o jogador Derrick Rose do Chicago Bulls, seguido por Jeremy Lin, na época no New York Knicks , Kobe Bryant do Los Angeles Lakers, Lebron James do Miami Heat e Carmelo Anthony também do Knicks.
Já no mercado externo, as 5 camisas mais vendidas foram as de: Kobe Bryant, Derrick Rose, LeBron James, Kevin Garnet do Boston Celtics e Dwight Howard, que defendia o Orlando Magic no período analisado.
A lista com as 15 mais vendidas nos EUA traz apenas uma de jogador estrangeiro (Dirk Nowitzki), ao passo que nas vendas internacionais, esse número sobe para quatro (Paul Gasol, Tony Parker, Rick Rubio, além do próprio Nowitzki). O que denota que os torcedores dos EUA preferem comprar camisas dos jogadores norte-americanos.
As vendas internas sofrem também influência da localização da equipe, das 15 mais vendidas 14 são de equipes de grandes metrópoles, já em relação ao mercado externo o número cai para 12.
Outro fato curioso em relação à venda de camisas diz respeito à estratégia da Adidas que, ao patrocinar a NBA, conseguiu aumentar sua presença global nesse esporte.
Além de camisas, o mercado de tênis também consegue aproveitar muito bem a associação com jogadores renomados nesse esporte.
Segundo a empresa de pesquisa SportsOneSource, as vendas de tênis de basquete nos EUA em 2012, teve como campeão LeBron James, cujo calçado produzido pela Nike gerou US$ 300 milhões de faturamento, um aumento de 50% em relação às vendas de 2011, causado principalmente pela maior atenção da mídia sobre ele.
O segundo modelo mais vendido foi o de Kobe Bryant, também da Nike (US$ 50 milhões), seguido pelo de Carmelo Anthony (Air Jordan – US$ 40 milhões), Kevin Durant (Nike – US$ 35 milhões) e Derrick Rose (Adidas – US$ 25 milhões).
Pode parecer estranho que a marca Air Jordan, mesmo pertencendo à Nike apareça individualmente, porém para efeito de estudo de mercado ela tem vida própria, sendo a líder com 56% de participação, seguida por Nike com 37%, Adidas com 5% e Reebok com 2%.
Essa característica de mercado faz com que Michael Jordan fature US$ 60 milhões anuais em royalties com sua linha.
Ou seja, mesmo aposentado desde 2003, Michael Jordan continua como o maior vendedor de produtos de basquete no mundo.
No Brasil, que tem o futebol como principal esporte, a estratégia de associar ídolos a produtos ainda é tímida, o que pode ser explicado por várias razões, dentre as quais se destacam:
- o número da camisa despertar mais atratividade do que o nome do jogador.
- grande parte dos principais jogadores atuar em times do exterior.
- menor poder aquisitivo da população, o que por si só já prejudica o consumo desse tipo de produto.
- grande parte dos principais jogadores atuar em times do exterior.
- menor poder aquisitivo da população, o que por si só já prejudica o consumo desse tipo de produto.
Mesmo diante dessas limitações e ciente de que o modelo de negócios no que se refere a licenciamento e merchandising de ligas como a NBA guardam grandes diferenças em relação ao esporte no Brasil, é sempre salutar analisar todos os mercados, inclusive de outros ramos de atividade, pois, na pior das hipóteses, consegue se obter um bom benchmarking.
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