Tanto no esporte como no mercado, muito se discute sobre o
que é mais difícil: chegar à liderança – ou posição de destaque - ou se manter
depois que se chega.
Se por um lado, a liderança propicia maior poder de barganha
na disputa pelo mercado, por outro deixa a empresa mais visada pela
concorrência, que tanto a usa como benchmarking como procura explorar seus
pontos fracos.
Surgem assim, ataques a nichos que podem muitas vezes causar relativo estrago e desestabilizar os gigantes.
Avon, Airbus, Nokia e Kodak são alguns exemplos de
lideranças perdidas.
Sendo que em algumas modalidades, os problemas são ainda maiores
em função dos estudos detalhados sobre os oponentes.
Judô, Voleibol, Tênis e Futebol ilustram bem essa
condição, onde muitas vezes se consegue neutralizar pontos fortes e explorar os
fracos graças a treinamentos com esse fim.
O problema nesse caso é que após o atingimento do objetivo,
o caçador se transforma em caça e passa a ser "o monitorado".
Já as provas de velocidade em esportes como Natação e
Atletismo, os efeitos dos estudos sobre os adversários costumam ser menores.
Além disso, muitas vezes o posto de # 1 vem acompanhado de acomodação e soberba, ingredientes propícios para o fracasso.
Mas mesmo sem esses ingredientes, a posição mais alta faz com que a atenção ao mercado seja mais pulverizada, pois, além da própria competição, existem dezenas de concorrentes, muitos dos quais pouco conhecidos e, consequentemente, com escassas informações disponíveis.
Já os que vêm de trás, costumam ter um alvo mais definido.
Outro ponto interessante de ser abordado em relação à
liderança, é que essa, geralmente, faz com que os gestores se preocupem menos
com a evolução e as tendências do mercado, acreditando que o que fizeram no passado e resultou
no bom resultado de momento é suficiente para ali se perpetuarem.
São inúmeros os casos de empresas e atletas que perderam suas posições
por não terem revistos seus métodos e conceitos.
Na verdade, o termo liderança tem um efeito aqui bastante
ilustrativo, isso porque a vice-liderança, o 3º lugar e demais posições de
destaque também requerem cuidado para sua manutenção.
Enfim, assim como corredores e nadadores que têm
preferências distintas sobre competir à frente ou vir de trás, variará a
opinião sobre o que é mais difícil, “chegar ou se manter”, a única certeza é que ambas são muito difíceis.
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