terça-feira, 5 de maio de 2015

H&M e as novas marcas no esporte


Disputar competições de alto nível técnico, seja qual for a modalidade, exige do atleta, além de talento, extrema dedicação, o que inclui, treinos, superação e abdicação de muitos prazeres. Chegar nas melhores colocações, então, é algo muito distante para os “simples mortais”.
Raciocínio similar pode ser estendido às empresas, ainda mais quando essas têm como característica o “desbravamento de mercados”.
Um caso que ilustra bem o que pretendo explorar é a cadeia de lojas sueca H&M, que mesmo tendo um posicionamento voltado à moda e ao design, resolveu se arriscar no segmento de marcas esportivas e competir com gigantes, vestindo o tenista tcheco Tomas Berdych, ranqueado entre os 10 melhores do mundo.
A escolha de Berdych, que antes vestia Nike, se deveu ao seu estilo fashion, cujos modelos atuais são da marca H&M, inclusive dentro das quadras.

A incursão da H&M nesse mercado já serviria para denotar que os uniformes esportivos estão sofrendo uma transformação de busca à modernidade, e não apenas no que se refere ao material utilizado, mas também ao estilo.
Isso ganha ainda mais evidência quando vemos a marca japonesa Uniqlo vestindo o tenista sérvio, #1 do mundo, Novak Djokovic.
Outra marca que aparece com o mesmo conceito de modernidade é a Eleven, desenhada pela tenista Venus Williams.
Estar atento às tendências do mercado torna-se cada vez mais uma vantagem competitiva para as empresas, que buscam a todo momento oportunidades de desenvolverem ou se destacarem em novos mercados.
A própria trajetória da H&M nos dá uma boa dimensão desse cenário.
A empresa nasceu com o nome de Hennes em 1947, voltada ao público feminino e restrita ao país de origem, tendo iniciado o processo de internacionalização apenas na década de 60.
Em 1968, incorporou uma rede de roupa masculina chamada Mauritz Widforss, passando a se chamar Hennes & Mauritz, o que derivou para o nome atual.
Essa operação fez com que a marca passasse a comercializar roupas para ambos os sexos, processo que se seguiu ao longo do tempo, ampliando seu mix com produtos voltados a crianças, adolescentes e bebês, além de cosméticos.
A busca por novos mercados a levou a abrir lojas em mais países, tanto da Europa como dos continentes americanos e asiático, e ao comércio eletrônico. Para facilitar a expansão, passou a adotar também o sistema de franquias e no que tange ao portfólio de produtos, lançou uma linha de calçados e de lojas voltadas à decoração do lar.
Além dessas iniciativas, a H&M desenvolve frequentemente parcerias com estilistas e celebridades, visando se manter "influente" no mercado de moda.
Diante de toda essa preocupação com a conquista de novos mercados, nada mais natural que a marca entrasse no segmento esportivo e justamente numa modalidade, cujo perfil dos espectadores tem forte sinergia com seu posicionamento.



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