terça-feira, 13 de julho de 2021

Great place to work

 
Embora o blog tenha como linha evitar o uso exagerado de palavras em inglês, optamos por não traduzir o título pelo fato de o mesmo ser o nome de um programa de certificação adotado em mais de 50 países para avaliar as empresas sob a ótica dos seus colaboradores.
Nessa avaliação os funcionários são solicitados a dar notas para cinco macro atributos : Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem, além de avaliar as políticas relativas à autonomia dos colaboradores, benefícios, salários, abertura para inovação e oportunidade de crescimento. Uma avaliação superior a 70 pontos concede à empresa o selo Great Place to Work.
Ainda que o mercado esteja com uma oferta de candidatos maior do que a de vagas, é sempre importante ter conhecimento sobre a empresa que disponibiliza alguma posição, assim como é útil para as empresas entender como seus concorrentes se posicionam em relação ao clima organizacional, visto que atrair e reter talentos é de fundamental importância para se ter sucesso no mercado.
Podemos acrescentar que as empresas que valorizam as relações humanas e as inciativas voltadas à sustentabilidade, se destacam no que tange ao fortalecimento da marca, sendo a certificação em referência uma ótima ferramenta de respaldo.
De forma proposital não desceremos ao detalhamento do questionário de avaliação, pois, acreditamos que ele é bastante abrangente para o que se propõe, contudo, deve ser ressaltado que se trata de uma visão estritamente dos colaboradores, a qual pode já estar contaminada com a cultura da empresa, que nem sempre é das melhores.
O que pretendemos com esse último parágrafo é chamar a atenção de que a citada certificação foca apenas o aspecto interno, isto é, não contempla como a empresa trata os demais stakeholders, tais como fornecedores, clientes e candidatos às vagas oferecidas, entre outros.
Exemplificando: será que uma empresa cujos colaboradores não respondem e-mails e/ou não retornam ligações e mensagens são realmente ótimas para se trabalhar? Evidente que não, a menos que a empresa não considere a educação e o respeito como atributos importantes no momento da contratação de seus colaboradores. Agindo  dessa forma negligente em relação aos requisitos mais básicos de polidez, as corporações comprometem um fator tão ou mais importante do que o selo “great place to work”: o poder da recomendação, o qual assume cada vez mais relevância em função do crescimento das redes sociais, onde uma despretensiosa mensagem traz reflexos avassaladores.
Diante dessa realidade, é inadmissível que as empresas não atentem para um público composto de ex e não clientes, assim como de potencias fornecedores e colaboradores, pois, além destes serem peças importantes no processo de fortalecimento da imagem, valorizar as boas maneiras requer pouco investimento, afinal, não é caro focar suas contratações em pessoas educadas incondicionalmente, isto é, que tenham na sua essência o respeito a pessoas, prazos e palavras.








Nenhum comentário:

Postar um comentário