Pretendia futuramente escrever um artigo abordando o papel das Assessorias de Imprensa, no entanto os últimos textos publicados provocaram alguns e-mails que anteciparam essa decisão.
Inicialmente vale comentar que a utilização do termo "mídia espontânea" é um tanto quanto injusta, pois grande parte das notícias geradas são resultados de trabalhos árduos das assessorias. Portanto fica aqui o esclarecimento de que o termo utilizado é apenas uma questão de nomenclatura.
É fato que as dificuldades em se obter uma boa exposição no que costumamos chamar de mídia espontânea são enormes. No caso do esporte, essa característica não foge à regra, visto que as divulgações de atletas, equipes e patrocinadores destes são obtidas a custo de muito esforço, até porque o espaço dedicado ao segmento esportivo é reduzido em relação ao número de modalidades.
Porém, mesmo diante desse quadro de limitação, alguns patrocinadores, atletas e assessorias deixam de considerar eventuais alternativas de editorias, as quais poderiam ser interessantes para seus objetivos.
O fato de um patrocínio estar inserido no segmento esportivo, não significa que a publicação deva ser necessariamente restrita e direcionada a essa área. Muitas vezes pode ser até mais vantajoso que a matéria tenha um foco diverso, seja esse voltado a aspectos sociais, política de investimento ou ainda de estratégias mercadológicas.
É preciso ter em mente que os patrocinadores não têm e não devem ter a pretensão de se tornarem clubes, mas sim de terem sua marca reconhecida e admirada. Para isso, apesar de importante, o espaço que a editoria esportiva oferece pode ser insuficiente em relação ao objetivo que deve ser buscado.
O que ocorre é que muitas empresas escolhem seus gestores da área de marketing esportivo, considerando apenas a experiência e capacitação desses no que tange ao esporte, ou ainda profissionais que mal sabem a diferença entre as bolas de futebol e de voleibol.
Em minha opinião, os primeiros são imprescindíveis para tarefas de seleção, relacionamento e supervisão dos atletas patrocinados, além é claro, da responsabilidade pelos resultados acordados.
Entretanto, no que diz respeito ao marketing esportivo, o ideal é que os gestores além de conhecerem bem o mundo esportivo, conheçam melhor ainda o mercado que sua empresa atua e, em conjunto com as respectivas assessorias de imprensa, desenvolvam pautas e oportunidades criativas que fujam do tradicional e do lugar comum.
Acredito que iniciativas desse tipo contribuam para que o esporte possa ser utilizado como estratégia de marketing e não apenas como um mero meio, onde assessorias de imprensa buscam alucinadamente espaço na editoria esportiva para atender os "anseios" de seus clientes e, empresas oportunistas se aproveitam da proximidade de eventos de grande magnitude ou de resultados de atletas, que até então eram desprezados, para investirem no segmento.
Grande Idel,
ResponderExcluirConcordo plenamente contigo.O que ainda ocorre no Brasil é um imediatismo em relação ao retorno seja de imagem quanto de vendas. Volta e meia nos deparamos com projetos de marketing esportivo que são abortados deixando dezenas de profissionais desempregados. Com isso automaticamente o trabalho de assessoria entendo que fica prejudicado.
Abraços
Rodrigo Rubim