A falta de conhecimento sobre esporte aliada a recalques geram conversas, mensagens em redes sociais e até reportagens em sites e jornais.
A sede pela polêmica e em alguns casos interesses escusos, talvez o façam esquecer que existem atletas e equipes de outros países com o mesmo objetivo de conquistar medalhas.
Além do que, o noticiário foca basicamente os competidores brasileiros e alguns "heróis" estrangeiros, deixando de lado as derrotas alheias, o que, aliás, é o que mais acontece, visto que são muito mais competidores do que medalhas a serem distribuídas.
Além do que, o noticiário foca basicamente os competidores brasileiros e alguns "heróis" estrangeiros, deixando de lado as derrotas alheias, o que, aliás, é o que mais acontece, visto que são muito mais competidores do que medalhas a serem distribuídas.
Lamentavelmente esses críticos que exigem medalhas e criticam os atletas não têm a mesma coragem para exercer seus direitos de cidadão e cobrar de seus governantes educação, saúde, segurança, justiça social, e claro, punição para os corruptos, sejam esses ricos, pobres, poderosos ou não.
Ainda sobre o tema, será que esses críticos estão entre os três melhores do mundo em suas profissões?
Se sim, parabéns, caso contrário estão no mesmo nível - na verdade, bem abaixo - dos atletas que não conquistaram medalhas.
Ainda sobre o tema, será que esses críticos estão entre os três melhores do mundo em suas profissões?
Se sim, parabéns, caso contrário estão no mesmo nível - na verdade, bem abaixo - dos atletas que não conquistaram medalhas.
Entretanto, é bom que se esclareça que essa argumentação não serve como defesa incondicional para todos os atletas e equipes que não obtiveram bons desempenhos.
A defesa, nesse caso, é para os atletas que se dedicam e, mesmo que muitas vezes sem chances aparentes, focam atingir o seu melhor nas competições.
É para aqueles que podem não ter a melhor estrutura ou o maior talento, variáveis incontroláveis, mas que treinam com afinco e têm uma vontade gigante de ganhar e competir bem.
Não adianta fazer todo esforço para conquistar a vaga nos Jogos Olímpicos e depois relaxar ou fazer de sua participação um mero instrumento para valorização da vaidade.
Vitórias e derrotas são componentes do esporte - da vida também - e podem acontecer para qualquer um, porém não se preparar devidamente para competição é totalmente inaceitável.
Um belo exemplo de seriedade em relação à competição foi o da nadadora italiana, Federica Pellegrini (foto principal), que convidada para levar a bandeira de seu país no desfile de abertura, talvez a maior honraria que um atleta possa receber, declinou do convite por ter competição no dia seguinte.
Por outro lado, ver corredores com “barriguinhas”, saber que atletas se entregam aos “prazeres” da Vila Olímpica às vésperas de suas participações, ou ainda, que priorizam o desfile de abertura ao invés do descanso necessário, prejudicam não apenas seus desempenhos, mas a todo o esporte nacional.
O atleta precisa ter consciência acerca de sua responsabilidade, o fato de não se preparar devidamente colabora para o afastamento dos patrocinadores, que já influenciados pelos “especialistas” que criticam por criticar, passam a questionar se investir no esporte é interessante para sua marca.
Empresas investem querendo retorno e, no caso do patrocínio, querem ver suas marcas defendidas e associadas aos valores que o esporte representa.
Portanto, independente de resultados ou de críticas, o atleta precisa encarar sua modalidade como um trabalho, que deve ser levado a sério, caso contrário correrá sérios riscos de ser demitido e nunca mais se recolocar, tanto profissionalmente quanto no pódio.
Muito bom artigo, abordagem profissional e equilibrada.Gostaria que vce comentasse mais sobre os atletas que não têm tanta chance assim, mas, por conta dos patrocionadores - aí não sei até que ponto o atleta é "vendido" ao patrocinador como, são "inflados" pela mídia e depois tachados de decepção. Me amarrei no Esquiva Falcão e na moça do pentatlo, sem fazer alarde e oba-oba, chegaram lá e fizeram o trabalho deles!
ResponderExcluirALCYR DO COMISSÃO TÉCNICA
p.s. boa escolha de destaque à nadadora italiana, melhor que o Diego Hipólito..hehe
Caro Alcyr
ResponderExcluirPrazer em recebê-lo por aqui, espero que o Comissão Técnica esteja bem.
Vc tem razão em relação aos atletas "inflados" pela mídia, que na busca pela audiência cria pseudos ídolos e depois os trazem à realidade de forma pouco cuidadosa.
Fico feliz que tenha gostado da escolha da foto principal.
Abraço
Mensagem precisa e relevante. Parabéns!
ResponderExcluirUm viés prejudicial recorrente no Brasil é essa história de contar medalhas, como se o país melhorasse se a quantidade de medalhas fosse maior.
O que seria melhor é que as medalhas fossem as consequências da disseminação do esporte no país, e não a causa final. Mas há pessoas, como vc bem escreveu, que vivem da vaidade.
Em Londres tivemos atletas que mereciam estar lá, outros talvez que não merecessem. Como bem observado por vc, se contarmos a quantidade de atletas de todos os países, e que também fossem merecedores da condição de atleta olímpico, o resultado seria muito maior do que a quantidade de medalhas. A tnedência é que ganhe medalha aquele(a)que tenha trabalhado, treinado, tido disciplina, enfim, aquele que tenha mérito.
E na competição esportiva, assim como em muitas outras coisas na vida, vale o critério do mérito.
Abraços,
Nelson Yoshida
Nelson
ResponderExcluirObrigado pelos comentários e por enriquecer o assunto.
As pessoas acham que basta querer e se preparar que a vitória aparece, esquecem que outros estão treinando e se preparando.
E aí, como fica?
Quem será o vencedor?
Essa é a graça do esporte, equacionar talento, preparação sob todos os aspectos, sorte, atitude, superação...é muito complexo.
Atrás de uma tela de computador ou de TV pode até parecer fácil.
Forte abraço
Grande Idel!
ResponderExcluirParabéns pelos comentários corajosos e equilibrados, uma bela contribuição para que as pessoas tentem aprender a encarar o esporte de forma séria.
Acho que devemos deixar de lado as maldades que circulam na internet. Deixei-as de lado. Mas, quando li que autoridades cobravam de nossos atletas mais medalhas de ouro, quando escutei comentários ... menos elogiosos ao desempenho da seleção - um deles sendo feito no momento em que Neymar dava o mais bonito drible da competição, sequer assinalado - confesso que fiquei irritado e triste. Esses são formadores de opinião!
Afinal, o que seria das medalhas de ouro se não houvessem os "perdedores"? Dos "records" se não houvessem marcas anteriores? Do esporte, enfim, sem a organização do esporte, que inexistiria sem muitos competidores?
A medalha de ouro é a medalha de ouro, mas, como já disseram dois economistas famosos (omitirei citações)em outro contexto, firmas conseguem patentes, recebendo por isso a retorno por seus investimentos, mas o investimento de outras e equipes na busca do conhecimento agrega valor ... social!
Festejemos nossos atletas! Abraços
Amigo Tavinho
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário.
Aproveitando o seu último parágrafo, tenho plena convicção de que o grande retorno de investimento desse blog é ler comentários inteligentes como os seus.
Abraço