Nas competições esportivas a “pergunta-título” é uma das maiores motivações para a atratividade do evento. Não serei taxativo em afirmar que essa é a maior motivação, justamente pelo cunho que pretendo desenvolver sobre o tema.
Constantemente surgem discussões onde se tentam chegar a uma conclusão sobre qual atleta é melhor. Nessas são usados os mais diversos argumentos e, na maioria das vezes, nenhuma das partes sai convencida.
Constantemente surgem discussões onde se tentam chegar a uma conclusão sobre qual atleta é melhor. Nessas são usados os mais diversos argumentos e, na maioria das vezes, nenhuma das partes sai convencida.
Alegações sobre a importância de cada atributo podem se alterar na mesma velocidade em que se mudam os protagonistas da discussão.
A situação piora quando a comparação se volta para atletas de épocas diferentes, sendo que aí a influência das edições dos vídeos tem importância fundamental, já que parte dos interlocutores nem bem viram a performance de alguns atletas.
Mas como nada é tão ruim que não se possa piorar, há comparações ainda mais surreais, são aquelas que versam sobre atletas de modalidades diferentes.
A propósito, vale tentar ver no You Tube as campanhas da Turkish Airlines protagonizadas pelo jogador de basquetebol Kobe Bryant e pelo jogador de futebol Messi.
Engana-se também quem pensa que em esportes individuais como natação e atletismo, a comparação é evidente.
Não é, o máximo que se pode concluir é que num dado momento houve superioridade de algum, mas isso não significa ser o melhor, já que vários fatores podem ter influenciado aquele resultado, inclusive a capacidade de preparação, o que por si só já abrange a eventual comparação entre atletas de épocas diferentes.
Todo esse discurso não tem como objetivo “descaracterizar” as tentativas de avaliações, até porque essas são essenciais ao mercado.
A intenção aqui é mostrar o quão frágil podem ser as conclusões obtidas e que a maioria destas guarda um forte componente emocional, seja paixão, recalque ou até mesmo a necessidade de se posicionar.
Obviamente fazendo a ressalva de que isso não se aplica quando a comparação se dá entre partes cujas diferenças de desempenho sejam extremamente significativas, ou seja, não há dúvida de que o nadador Michael Phelps é melhor nadador do que eu, por exemplo.
Apesar de ter usado o esporte como modelo para a reflexão proposta, é importante esclarecer que isso ocorre até em aspectos ligados à gestão. Quantas vez ouvimos e até debatemos sobre quem foi o melhor presidente de algum país? São debates interessantes que descambam para avaliações de governadores, prefeitos, ministros e até dirigentes esportivos.
Nesses casos, as discussões chegam a ser até mais engraçadas, pois nenhuma delas tem condição de considerar com a devida isenção e com o grau correto de expurgo, todas as variáveis que influenciam uma gestão, tais como situação herdada, objetivos traçados, limitações, prioridades, prazos, equipe e etc.
Diante desses argumentos volto à campanha da Tukish Airlines, a qual mostra as “melhores” intervenções de Bryant e Messi, mas em nenhum momento pretende ser conclusiva, o que é exatamente o que acontece nos mundos esportivo e corporativo.
A empresa, de forma inteligente e estratégica, se aproveita da disputa e incorpora conceitos à marca que muito agregam ao seu posicionamento.
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