terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aplicativos, uma nova ferramenta


Um dos principais desafios dos gestores de marketing é conseguir atrair a atenção do cliente, o qual sofre a todo o momento um verdadeiro bombardeio de tentativas de interações.
Diante desse cenário, a busca pela “onipresença” tem sido um dos objetivos perseguidos pelas empresas, o que, aliás, está cada dia mais difícil em função da crescente disponibilidade de ofertas.
Num passado relativamente recente, o rádio, a mídia impressa, a tv aberta e outdoors dividiam entre si a verba de marketing das empresas, depois apareceram novas modalidades de mídia exterior, tv fechada e mídia online, avançando no tempo surgiram as redes sociais e as ações de mobile, devendo ser ressaltado que todos os meios citados oferecem enorme oferta de veículos, e mais, a todo momento são desenvolvidas novas opções, isso sem falar das ações de patrocínios e merchandising.
Evidentemente, cada empresa tem sua estratégia de mídia, a qual deve ser dinâmica e contemplar a evolução do comportamento do mercado.
Dentro dessa realidade, analisaremos nesse artigo o mercado de aplicativos para mobile e tablet, que parece ser no momento uma das preocupações das empresas.
Segundo dados do IDC, as vendas de smartphones no Brasil alcançaram em 2013, o volume de 36 milhões de aparelhos superando pela primeira vez os celulares tradicionais. Em 2014, a projeção aponta para 53 milhões.
Um levantamento da empresa Pontomobi apurou que dentre as 275 marcas que mais anunciam no país, 40% possuem aplicativos para celular e/ou tablet.
Todos esses números, somado ao fato de que as pessoas costumam passar em média 2 horas e meia acessando o smartphone, justificam a atenção que vem ganhando o segmento.

Hoje existem cerca de 3 milhões de aplicativos, sendo que 40% deles nunca foram baixados, além do que, de acordo com pesquisa promovida em conjunto com a Associação de Mobile Marketing no Brasil, Nielsen e Ibope, 84% dos usuários de smartphones no Brasil têm até 30 aplicativos no aparelho, porém usam apenas 10.
Isso faz com que, assim como ocorre nos demais meios de interação com o público, não basta estar presente por estar, sendo fundamental que a empresa consiga capitalizar o investimento em proveito do seu negócio, o que não significa necessariamente um maior volume de vendas no curto prazo, já que a ação pode priorizar uma associação de conceitos à marca ou estreitar o relacionamento com o cliente.

Um cuidado importante dentro dessa linha diz respeito à originalidade do aplicativo, pois não basta ser uma versão mobile do site da empresa.
Ter relação com o negócio da empresa também deve fazer parte da meta de construção do aplicativo.
Sobre essas duas observações, vale citar a ação da Heineken, patrocinadora da Champions League, que inicialmente desenvolveu um aplicativo com os resultados dos jogos, mas que em função da concorrência dos sites especializados em esporte e de estar sendo também acessado por “não potenciais consumidores” do produto, não obteve o sucesso almejado.
Razão que a fez optar por uma versão na qual os clientes podem avaliar cerca de 3000 bares e restaurantes do Brasil que comercializam seus produtos, recebendo em troca produtos e brindes Heineken.
Ou seja, conseguiu estreitar o relacionamento com o consumidor, aumentar o consumo de seus produtos, além de subsidiar os estabelecimentos-clientes de informações sobre seu atendimento.
Outra possibilidade interessante é a de associação da marca com aplicativos já existentes, tais como o RunKeeper, que utiliza o dispositivo GPS para registrar as corridas dos usuários, medindo velocidade, tempo e distância do percurso. Além dessas funções, permite compartilhar em redes sociais e amigos as performances e conversar sobre elas, o que certamente seria bastante proveitoso para empresas de produtos ligados ao esporte.
Apesar das dificuldades em se criar um aplicativo que satisfaça os requisitos necessários pelo prisma de marketing, existe uma vasta lista de cases de sucesso, os quais podem servir de benchmarking para clubes, confederações e organizadores de eventos, que ainda não encontraram a maneira ideal para atuar nesse meio.






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