terça-feira, 22 de setembro de 2015

A movimentação das marcas esportivas

A Jambo Sport Business, consultoria especializada em gestão esportiva publicou recentemente um novo estudo sobre a presença das marcas esportivas nos clubes de futebol. http://pt.slideshare.net/jambosb/marcas-esportivas-na-20-ligas-mais-valiosas-do-mundo-20152016.
O trabalho utilizou como amostra os 370 clubes que disputam os 20 principais campeonatos nacionais de 1ª divisão na temporada 2015/2016, e comparou o desempenho das marcas em relação às temporadas 2013-14 e 2014-15.

Ao todo foram encontrados 60 fornecedores e mais uma vez a liderança pertenceu à Nike com 85 times (22,97%), seguida pela Adidas com 79 equipes (21,35%). Vale destacar que a diferença entre as duas gigantes caiu em relação ao período anterior que apontava 24,04% para a marca americana contra 20,22% da empresa alemã.

A Puma segue em 3º com 22 (6,22%), porém dessa vez com a espanhola Joma quase empatada (21 – 5,95%). Em 5º aparece a Umbro e a Kappa (18 times cada – 4,86%), seguidas por Lotto com 11 (2,97%) e Macron com 10 (2,70%). 

Pela 1ª vez que a New Balance aparece no estudo, porém a empresa já atuava nesse mercado através da Warrior, que por decisão estratégica do grupo controlador saiu do futebol e deu lugar à marca mãe.


Apesar de ser a marca mais presente nos clubes da amostra, a Nike parece apresentar problemas em países de suma importância sob o prisma de geração de receitas.
Na Inglaterra, após ter perdido o gigante Manchester United para a Adidas, ficou apenas com o Manchester City, muito pouco em comparação ao portfólio dos dois principais rivais. A situação só não é mais grave, pelo fato de a marca vestir a seleção inglesa.
Já na Alemanha, a marca americana não está presente nem na seleção nem nos principais clubes.
Outra grande perda sofrida pela Nike ocorreu na Itália, onde a Juventus a trocou pela Adidas.
A gigante alemã, por sua vez, além de se aproximar da Nike em termos quantitativos, passou a focar mais fortemente clubes com maiores apelos de popularidade e de desempenho esportivo.
Isso fica mais claro ao se observar o quadro que contém os fornecedores dos 30 clubes de maior faturamento, onde o placar fica 13 a 7 para a marca das três listras.

O estudo reforça também que o aspecto quantitativo, ou seja, o número de clubes que veste dada marca, não é o único parâmetro que deve ser utilizado para avaliação de desempenho mercadológico, visto que o fato de vestir a seleção daquele país – o que está contemplado no trabalho –, assim como os clubes de maior tradição e popularidade são também aspectos de elevado interesse para as marcas esportivas. Além disso, a globalização e a internet propiciam que os clubes passem a ter torcedores e simpatizantes em localidades que transcendem as fronteiras de suas cidades e países.



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