Entretanto, no caso de esportes individuais, essa metodologia pode não ser suficiente para se avaliar o desenvolvimento da modalidade em cada país, pois existe a possibilidade de um único atleta ter a supremacia na modalidade, sem que isso seja fruto mandatoriamente da política esportiva daquela nação, ou seja, pode ser consequência meramente do talento individual.
No caso do triathlon nos Jogos Olímpicos, a análise fica um pouco mais abrangente, pois o número de atletas por país – varia de zero a três – se dá em função do desempenho de todos os seus representantes nas etapas de qualificação que ocorreram entre maio de 2014 e maio de 2016.
Baseado no histórico da modalidade nos Jogos Olímpicos – classificação dos atletas e quadro de medalhas em todas as edições – a Jambo Sport Business desenvolveu um estudo - http://pt.slideshare.net/jambosb/participao-do-triathlon-nos-jogos-olmpicos-2000-a-2016, no qual é possível entender como tem sido a evolução de cada país.
Através das informações contidas no estudo, temos que os países que mais classificaram atletas são: Austrália, EUA e Inglaterra. Considerando apenas a categoria feminina, encontramos Austrália, Japão e EUA com equipes completas - 3 atletas - em todas as edições, enquanto que no masculino, Inglaterra e França repetem esse desempenho.
Em termos de medalhas, apenas doze países tiveram algum representante no pódio. Sendo a Suíça, o único que já conquistou duas medalhas de ouro, além de ser também o único que conquistou medalhas tanto no masculino quanto no feminino. Já a Austrália é o país com maior número de medalhas.
Os números apresentados no trabalho não permitem concluir que, por ora, haja uma correlação perfeita entre quantidade de atletas classificados e conquista de medalhas por país. Se assim fosse, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra seriam os maiores detentores de medalhas, sendo que dessa relação apenas o país da Oceania está entre os maiores vencedores.
Entretanto, não pode ser desprezado – inclusive em termos probabilístcos – que uma equipe maior aumenta as chances de conquista, tanto pela possibilidade de um eventual “jogo de equipe” quanto pela maior maturidade esportiva da nação, que faz requerer do atleta um esforço, em tese, bem maior para ficar entre os melhores do seu país, o que consequentemente aumenta seu nível de competitividade.
Assim, diante do cenário cada vez mais competitivo, não será surpresa se, a partir de 2016, o número de classificados por país vier a trazer reflexos no quadro de medalhas.
Quanto ao Brasil, apesar de o número de atletas qualificados para os Jogos ter diminuído, é justo lembrar que em 2000 e 2004, quando levamos equipes completas em cada gênero, as provas na América do Sul valiam pontos para a classificação.
Além disso, o nível da modalidade vem crescendo consideravelmente, tanto no que tange à qualidade dos atletas, quanto em relação à quantidade de países praticantes.
Vale ainda acrescentar que entre 165 federações filiadas, o Brasil é um dos 22 países que estiveram presentes em todas as edições do Jogos.
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