Como já foi abordada no artigo “Esporte de participação” - http://halfen-mktsport.blogspot.com.br/2011/08/esporte-de-participacao.html - essa manifestação do esporte se caracteriza pela prática voluntária e "compreende as modalidades esportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente".
A definição por si só é bem clara e não deveria dar margem a interpretações diversas, principalmente no que tange aos aspectos relacionados à promoção da saúde e da educação, entretanto, infelizmente, não é o que vem acontecendo.
O que temos visto é um número cada vez maior de pessoas que, ao praticarem de forma frequente uma dada modalidade, não se conformam com os resultados obtidos e apelam para o uso de substancias proibidas nocivas à saúde e benéficas às performances no curto prazo.
Agindo dessa forma, esses participantes amadores – me recuso a considerá-los atletas – fazem um desserviço ao esporte, pois, além de descaracterizar os valores da atividade - saúde, educação, superação, integridade, etc. -, vão aos poucos afastando das competições os potenciais patrocinadores que têm por objetivo a associação de suas marcas aos princípios nobres do esporte.
Fato que pode num horizonte não muito distante fazer com que a quantidade de competições diminua, afinal o patrocínio é fundamental para a viabilização dos eventos.
Fato que pode num horizonte não muito distante fazer com que a quantidade de competições diminua, afinal o patrocínio é fundamental para a viabilização dos eventos.
E o mais grave disso tudo é que a busca pelo "destaque" não se resume às competições, mas também aos treinamentos, pois, através de aplicativos é facultada a possibilidade de se comparar desempenhos.
Vale notar aqui um fato curioso: enquanto os bons atletas costumam esconder seus bons tempos para surpreender os adversários nas competições, os mais limitados fazem questão de divulgá-los. Vai entender...
Difícil realmente entender, visto que tais sujeitos nem podem dar como explicação a busca de uma qualificação para os Jogos Olímpicos, tampouco algum retorno financeiro, mesmo porque tais motivações não justificam práticas desonestas.
Assim, a explicação mais razoável para tal fenômeno está ligada à falta de princípios dos usuários dessas drogas para aumento de performance, o que nos permite supor que não restrinjam essas ações apenas à esfera esportiva, ainda que sejam críticos dos políticos pegos em operações desonestas.
O esporte amador é na verdade apenas o terreno mais oportuno para colocarem em prática seus desvios de personalidade graças a certeza da impunidade e à facilidade para a utilização das "substâncias",
Pena que tenham descoberto o esporte para extravasar seus recalques mas que não tenham descoberto que as vitórias e os resultados saborosos são aqueles obtidos através de disciplina, treinamento e honestidade.
Finalizando fica a dúvida do que pode ser feito para a extinção do uso do doping por amadores. Não sei responder e aceito sugestões, ressaltando que muitas das vezes uma boa educação é incapaz de corrigir ou incutir caráter e ética a quem não possui.
Caráter firme é aquele que pode prescindir de êxitos - RALPH WANDO EMERSON
Nenhum comentário:
Postar um comentário