Como já foi escrito aqui algumas vezes, um dos maiores desafios de um gestor é escolher os colaboradores para sua equipe.
Por mais que os processos de recrutamento e seleção venham se aprimorando, ainda é muito difícil conseguir um alto grau de assertividade nas contratações.
No que tange à avaliação das competências técnicas - aquelas obtidas através das escolas, cursos, treinamentos e vivência profissional entre outras - a situação é até bem tranquila, visto ser relativamente fácil avaliar o grau de conhecimento e experiência do candidato. O problema aqui surge quando o contratante não sabe direito o que deseja. Sim, por mais que possa parecer estranha essa observação, não é incomum encontrar esse tipo de situação.
Já em relação às competências comportamentais - aquelas que dizem respeito às atitudes e aos hábitos dos profissionais -, a dificuldade é muito maior, até porque beira o impossível identificar em poucos e iniciais contatos o caráter de alguma pessoa. Podemos fazer aqui uma analogia aos primeiros encontros entre pessoas com alguma intenção em se relacionarem, quando ambas procuram mostrar o melhor de si ocultando os lados não tão bons, ainda que muitos desses acabem sendo demonstrados de forma sútil e nos levem por momentos a desconhecer o interlocutor, porém, em função de uma atenção maior a atributos mais importantes no presente momento aqueles indícios acabam sendo relavados.
Partindo dessa analogia, a afirmação de Howard Gardner, um psicólogo norte-americano, parece bem coerente: "uma pessoa ruim nunca será um bom profissional."
Claro que o conceito “pessoa ruim” pode ser interpretado de várias maneiras, porém penso que esteja mais ligado ao caráter, à ética e aos princípios, ou melhor, à falta desses. Também deve ser esclarecido que mesmo os desprovidos de tais valores podem ser excelentes colaboradores no que tange aos aspectos técnicos.
Mas não seria suficiente se ter um profissional com ótimas capacitações técnicas?
A resposta a esse questionamento não é binária, daí ter que ser iniciada com um “depende”, ou seja, se quisermos uma pessoa para simples execução de tarefas, sem perspectivas de crescimento ou cargos de liderança, a resposta é “sim”, valendo salientar que por prazo limitado, já que certamente surgirão conflitos no futuro que colocarão em risco o clima organizacional. Contudo, penso que a resposta mais adequada seria "não", pois, na minha forma de ver, o convívio com alguém que pense o tempo todo apenas nos seus interesses pessoais deixa as relações difíceis e sem a confiança necessária.
A resposta a esse questionamento não é binária, daí ter que ser iniciada com um “depende”, ou seja, se quisermos uma pessoa para simples execução de tarefas, sem perspectivas de crescimento ou cargos de liderança, a resposta é “sim”, valendo salientar que por prazo limitado, já que certamente surgirão conflitos no futuro que colocarão em risco o clima organizacional. Contudo, penso que a resposta mais adequada seria "não", pois, na minha forma de ver, o convívio com alguém que pense o tempo todo apenas nos seus interesses pessoais deixa as relações difíceis e sem a confiança necessária.
A argumentação acima não significa uma condenação perpétua para pessoas com esse tipo de perfil, até porque cabe a elas a iniciativa de qualquer movimento de mudança, o qual, por mais que pareça complexo, é perfeitamente aplicável, basta reconhecer e acreditar que no longo prazo, os benefícios à carreira e até à vida pessoal advirão principalmente do reconhecimento ao caráter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário