terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Quem são os patrocinadores?

O mais novo estudo da Jambo Sport Business - https://www.linkedin.com/posts/halfen_os-patrocinadores-m%C3%A1sters-dos-principais-activity-6756860502430797824-MZBG - versa sobre os ramos de atividades dos patrocinadores másters das equipes de futebol de 32 dos principais países, perfazendo uma amostra com 529 times.  
Foi apurado que 480 times possuem patrocinadores másters (90,7%), estes oriundos de 402 marcas. Essa diferença de números se dá em função de alguns patrocinadores estarem presentes em mais de uma equipe. 
A Colanta, empresa colombiana de alimentos, patrocina seis equipes, todas no próprio país, fato que faz dela a patrocinadora com maior representatividade no estudo.
No ranking das “globalizadas”, aquelas presentes em pelo menos dois países, a líder é a companhia aérea Emirates que patrocina times em cinco países diferentes.
Apenas onze campeonatos têm a totalidade dos times patrocinados.
Em relação aos ramos de atividades, o setor de Apostas, através de 44 marcas, é o que patrocina mais equipes (74), no entanto ele é apenas o 4º em número de países, isto é, em 20 países (62,5% da amostra) há pelo menos uma empresa deste segmento como patrocinadora de algum time, sendo que em onze deles é o segmento mais presente. A “não correlação” entre os números de países e de clubes em termos de classificação pode ter sua causa nas limitações impostas por legislações locais. 
Já o setor de Finanças é o que está em mais países (24 – 75%), enquanto que em número de clubes ocupa a 2ª posição com 69, seguido por Bens de Consumo com 59. 
Para se entender melhor este mercado, o estudo segmenta as diversas situações encontradas no que tange ao patrocínio em sete grupos, explicando e ilustrando com exemplos cada um deles. Os citados agrupamentos são: (i) os “sem patrocinadores”; (ii) os patrocínios baseados em alinhamento global num modelo parecido com as multinacionais; (iii) as parcerias pautadas num possível receio de rejeição; (iv) as equipes que são rivais e têm como patrocinadoras marcas que são concorrentes diretas; (v) os times que nutrem rivalidades, mas que são patrocinadas por marcas de categorias diferentes; (vi) os patrocínios que são pautados nos relacionamentos com as comunidades locais; (vii) os patrocínios inéditos, que são aqueles presentes apenas em dado país.
Esse exercício permite a reflexão sobre as possíveis motivações das marcas que estão no futebol como detentoras do direito ao espaço mais nobre da camisa de um time.
Contudo, sem se conhecer os objetivos estratégicos das marcas, fica difícil ser taxativo quanto aos motivos que levam cada empresa a investir no patrocínio de um clube, se é que tais objetivos existem na totalidade das relações identificadas na amostra. 
Por falta de espaço, não discorremos aqui sobre todas as informações contidas no trabalho, vide a quantidade de clubes, países, marcas e ramos de atividade, o que propicia inúmeros cruzamentos e análises. Aliás, o próprio estudo, ainda que bastante abrangente, deixa de explorar análises mais detalhadas sobre países e setores, as quais merecerão futuramente artigos específicos no blog.
Para finalizar, vale comentar que o campeonato brasileiro é o que abriga o menor número de setores investindo no patrocínio máster, são apenas três: Finanças em nove clubes, seguido por Apostas (quatro) e Bens de Consumo (dois). Esse quadro deixa evidente a pouca maturidade deste mercado em nossas terras. 





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