A crença de que o comércio eletrônico é um substituto e não um complemento do varejo vai aos poucos caindo por terra na medida em que os varejistas tradicionais reagem e se adaptam ao mercado.
Inúmeros são os casos que confirmam essa tendência, mas aqui falaremos da aliança entre as redes Walgreens e a Kroger, que atentas ao movimento dão continuidade à parceria que começou em outubro de 2018, quando se iniciou a comercialização de produtos alimentares com a marca própria da Kroger em algumas lojas da Walgreens, além disso, passou a ser facultado aos clientes do primeiro a retirada dos pedidos feitos através do comércio eletrônico nas lojas Walgreens.
Na continuidade dessa aliança, o número de pontos de venda aumentou e a Walgreens passou a ter suas marcas próprias de saúde e beleza comercializadas em algumas lojas da Kroger.
As duas redes evoluíram nessa união para “fazerem juntas suas compras” e com isso conseguirem uma redução de custos através do aumento de escala.
Segundo os executivos das empresas, a expectativa é que mais varejistas se juntem nesse processo de compras, de forma que fiquem mais competitivos em termos de precificação e assim possam combater concorrentes como a Amazon.
A busca pela reinvenção neste mercado fez a Walgreens fazer outro tipo de parceria, nesse caso com a empresa de seguros de saúde UnitedHealth Group, que passará a ter pequenos espaços dentro das redes de farmácias. A ideia destes espaços é atender clientes dos planos no que tange às dúvidas e até mesmo vender.
Essa ação atende por um lado a necessidade propiciar um contato físico com empresas de plano de saúde em um mundo cada vez mais virtual, mundo esse não tão “amigável” aos mais "maduros". Por outro, deixa o espaço das lojas mais atrativo, o que pode se refletir nas vendas já que, provavelmente, aumenta o tráfego de maneira racional.
Anteriormente, o principal concorrente da Walgreens, a CVS Health já tinha adquirido a Aetna, empresa do ramo de plano de saúde, ao passo que o Walmart tem uma parceria com a Humana, companhia de seguros de saúde.
O que se pode deduzir do que se dispõe neste artigo é que tanto os varejistas tradicionais quanto os que têm sua especialidade no online não podem ficar restritos às especialidades que os fizeram se estabelecer no mercado, ao contrário, têm que analisar os comportamentos e anseios dos consumidores para satisfazê-los de forma rentável, corrobora para essa conclusão a aquisição da rede de supermercados Whole Foods pela Amazon.
Muito oportuna a sua postagem. O mercado precisa estar atento a estas mudanças, cada vez mais ocorrendo num espaço de tempo menor.
ResponderExcluirEdison
Obrigado, Edison!
ExcluirVc tem razão.
Ótima análise, especialmente para um leigo no assunto como eu que é do tempo das "quitandas" e que ficou maravilhado quando, em 1967, entrou pela primeira vez num shopping center numa pequena cidade do Canada, Winnipeg. Aqui tínhamos a SEARS e a MESBLA, enormes para os padrões da época.
ResponderExcluirObrigado, Mestre!
ResponderExcluirO próprio processo da transformação das "quitandas" para os auto-serviços e as consequentes evoluções do setor varejista são explicados pelo desenvolvimento, razão pela qual, nada é definitivo.
Os próprios exemplos citados por vocês, já não são mais tão rentáveis, o que levou várias cadeias fecharem.
Como tudo na vida, são ciclos que vão se adequando às necessidades da sociedade.
Abraço