Como já escrevi em outros artigos, não acredito em “novo normal”, pois, além de semanticamente me parecer incorreto, as mudanças que ocorrem na sociedade fazem parte de um processo adaptativo e que tende a se tornar normal ao longo do tempo.
Esclarecida essa convicção, temos com a pandemia, de fato, uma mudança de hábitos e comportamentos, sendo que muitos deles podem vir a perdurar por algum tempo ou até mesmo a fazerem parte do cotidiano.
Abaixo ilustramos o tema com um fato real: a maior incidência de mulheres com cabelos grisalhos nesse período.
O fechamento dos salões de cabeleireiro por algum tempo fez com que parte do público frequentador deste tipo de estabelecimento deixasse o cabelo na cor natural ou comprasse a tinta no varejo para executar o serviço por conta própria.
Dados desta indústria corroboram com essa percepção, vide a queda expressiva das vendas dos “produtos profissionais” e o aumento dos que são comercializados no varejo. Empresas como a L’Óreal, além de voltarem sua operação para esse tipo de consumo, também focaram no desenvolvimento de soluções para um público que cresceu: pessoas grisalhas, cujos cabelos necessitam de cuidados especiais (?).
Antes de passarmos ao ponto de reflexão, chamamos a atenção para a atuação da empresa no que tange aos conceitos de marketing: entendeu o mercado rapidamente, identificou – ou criou novas necessidades – e se antecipou no que tange ao atendimento dos canais. Na mão inversa, estamos vendo muitas empresas esperando a pandemia passar para, quem sabe, voltarem ao mesmo nível de resultados ou, de forma paliativa, seguirem o movimento das soluções digitais de comercialização e de entrega.
Voltando ao mote do artigo, provocamos o leitor a refletir através dos seguintes questionamentos:
- a moda surge através de uma conjuntura a se prever ou de uma necessidade de momento? Adaptando o questionamento ao caso ilustrado: seria possível prever que o isolamento teria algum tipo de influência na cor de cabelo das pessoas?
- é razoável correlacionar o fim da moda à satisfação da necessidade? No nosso exemplo, a pergunta seria melhor colocada da seguinte forma: quando a vida voltar ao que era, o tom grisalho permanecerá como “desejável”?
- os estabelecimentos que ficaram fechados conseguirão ter seus clientes de volta? Qual o percentual de pessoas que experimentaram pintar seus cabelos em casa voltará aos salões?
Quem tentar ser definitivo nas respostas destas perguntas estará incorrendo num erro tão grave quanto o de esperar para reagir.
Caberá aos gestores de marketing, além de rever as estratégias de precificação, distribuição e comunicação, estimar qual será o comportamento da população após esse período traumático, encontrando ainda o melhor posicionamento para seus produtos e serviços - incluindo alguns provavelmente novos - diante desse público.
Tal desafio certamente fará com que os bons gestores de marketing venham a aumentar o contingente de “grisalhos”. Se vão deixar os cabelos nesta "nova" tonalidade, é outra questão a se estudar.
Esclarecida essa convicção, temos com a pandemia, de fato, uma mudança de hábitos e comportamentos, sendo que muitos deles podem vir a perdurar por algum tempo ou até mesmo a fazerem parte do cotidiano.
Abaixo ilustramos o tema com um fato real: a maior incidência de mulheres com cabelos grisalhos nesse período.
O fechamento dos salões de cabeleireiro por algum tempo fez com que parte do público frequentador deste tipo de estabelecimento deixasse o cabelo na cor natural ou comprasse a tinta no varejo para executar o serviço por conta própria.
Dados desta indústria corroboram com essa percepção, vide a queda expressiva das vendas dos “produtos profissionais” e o aumento dos que são comercializados no varejo. Empresas como a L’Óreal, além de voltarem sua operação para esse tipo de consumo, também focaram no desenvolvimento de soluções para um público que cresceu: pessoas grisalhas, cujos cabelos necessitam de cuidados especiais (?).
Antes de passarmos ao ponto de reflexão, chamamos a atenção para a atuação da empresa no que tange aos conceitos de marketing: entendeu o mercado rapidamente, identificou – ou criou novas necessidades – e se antecipou no que tange ao atendimento dos canais. Na mão inversa, estamos vendo muitas empresas esperando a pandemia passar para, quem sabe, voltarem ao mesmo nível de resultados ou, de forma paliativa, seguirem o movimento das soluções digitais de comercialização e de entrega.
Voltando ao mote do artigo, provocamos o leitor a refletir através dos seguintes questionamentos:
- a moda surge através de uma conjuntura a se prever ou de uma necessidade de momento? Adaptando o questionamento ao caso ilustrado: seria possível prever que o isolamento teria algum tipo de influência na cor de cabelo das pessoas?
- é razoável correlacionar o fim da moda à satisfação da necessidade? No nosso exemplo, a pergunta seria melhor colocada da seguinte forma: quando a vida voltar ao que era, o tom grisalho permanecerá como “desejável”?
- os estabelecimentos que ficaram fechados conseguirão ter seus clientes de volta? Qual o percentual de pessoas que experimentaram pintar seus cabelos em casa voltará aos salões?
Quem tentar ser definitivo nas respostas destas perguntas estará incorrendo num erro tão grave quanto o de esperar para reagir.
Caberá aos gestores de marketing, além de rever as estratégias de precificação, distribuição e comunicação, estimar qual será o comportamento da população após esse período traumático, encontrando ainda o melhor posicionamento para seus produtos e serviços - incluindo alguns provavelmente novos - diante desse público.
Tal desafio certamente fará com que os bons gestores de marketing venham a aumentar o contingente de “grisalhos”. Se vão deixar os cabelos nesta "nova" tonalidade, é outra questão a se estudar.
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