terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Quem quer ser CEO?

 
Se fizermos uma breve busca no LinkedIn atentando para os cargos dos profissionais, notaremos uma incidência enorme de pessoas exercendo a função de CEO – Chief Executive Officer. 
É fato que grande parte destes CEOs ocupa esse cargo em organizações com estruturas pequenas tanto no que tange a orçamentos como em  quantidade de colaboradores. Há casos até em que a empresa tem apenas um colaborador: o próprio CEO.
Ainda que a nomenclatura do cargo ostente certa pompa, visto a posição estar comumente mais associada aos executivos de carreira em grandes corporações, à luz da descrição da posição há coerência na escolha da definição do cargo.
O que podemos discutir é se não ficaria mais “humilde” a substituição da nomenclatura por algo na linha de diretor geral ou, para não se perder totalmente a pompa, o de general manager. Discussão boba, mesmo porque o nome do cargo pouco traduz a capacidade ou responsabilidade do profissional. 
Todavia, ao continuarmos a breve pesquisa pela rede social, veremos em muitos casos o acréscimo da posição de “founder” – fundador – à de CEO. Aqui sim, há espaço interessante para uma reflexão: até que ponto quem fundou algum negócio ou empreendeu - palavra da moda – está devidamente capacitado para gerir a iniciativa depois que ela atinja certo grau de maturidade?
A discussão que aqui se apresenta, ressalve-se, não tem a ver com julgamentos acerca da qualidade das pessoas, mas sim de características.
Mesmo reconhecendo a extrema capacitação de grandes gestores, é possível que esses não consigam empreender. Talvez a quantidade de variáveis que contemplem em suas análises, leve-os a concluir que o projeto não é economicamente viável.
No outro lado, temos aqueles que conseguem transformar ideias em empreendimentos mesmo com recursos limitados, os quais são compensados por uma força de vontade absurda e extrema habilidade para lidar com negativas e percalços. O problema aqui pode se dar quando os recursos – sejam financeiros ou humanos – passam a ser abundantes, exigindo grande capacidade gerencial.
São inúmeros os casos que exemplificam as duas situações. Para a primeira basta ver a pequena quantidade de renomados executivos que desistem da carreira para iniciarem seu próprio negócio. Já para a segunda, temos as empresas que decolaram rapidamente, mas que no decorrer do tempo não conseguiram crescer.
A solução para evitar tais insucessos podem ser resumidos em uma palavra: humildade. Só ela é capaz de permitir uma análise criteriosa do nosso potencial. Por falar em humildade, é preciso admitir que existem inúmeros casos que contrariam as situações abordadas no texto, mas são exceções. 







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