“HÁ ESPAÇO PARA TODOS”, essa é uma das expressões mais ouvidas em qualquer ambiente competitivo, e que nem sempre é verdade, além do que, sempre haverá a disputa por um espaço maior.
Tal realidade deve ser considerada também no esporte, e aqui não me refiro às disputas esportivas, mas às disputas pelo mercado que cada clube ou confederação deveria estar atento.
No que tange às confederações, é certo que existem modalidades esportivas com mais tradição e popularidade do que outras, mas isso não quer dizer que as menos favorecidas devam abdicar do desejo de crescer, nem tampouco que as mais populares devam relaxar.
No que tange às confederações, é certo que existem modalidades esportivas com mais tradição e popularidade do que outras, mas isso não quer dizer que as menos favorecidas devam abdicar do desejo de crescer, nem tampouco que as mais populares devam relaxar.
Vale lembrar que até o iníncio da década de 80, no Brasil o basquete era mais popular do que o vôlei, situação que se inverteu.
Julgo que trazer conceitos de administração para o esporte seja uma excelente iniciativa para a gestão das confederações, federações, clubes e demais componentes dessa cadeia.
No marketing é comum a utilização de um conceito chamado marketing mix ou composto de marketing, o qual contempla quatro variáveis para gestão de uma marca, de um produto ou de um serviço, são os famosos 4 P’s: Produto (marca ou serviço), preço, promoção (publicidade e divulgação) e ponto (distribuição).
A título de exercício, tentarei aqui aplicar esse conceito às modalidades esportivas de forma geral.
A título de exercício, tentarei aqui aplicar esse conceito às modalidades esportivas de forma geral.
Produto – seria o esporte em si e suas particularidades, tais como:
Preço – valor envolvido para assistir ou praticar o esporte.
Promoção – tudo que se refere à comunicação e divulgação da modalidade, como por exemplo:
Espaço na mídia tanto para as competições como para reportagens e entrevistas;
Ponto – locais para competições e treinamentos.
Esse mesmo exercício pode ser aplicado a clubes, eventos, etc., evidentemente com as devidas adaptações.
Número de praticantes (iniciação, participação e alto rendimento); Possibilidade de o público presente assistir confortavelmente a todo o evento - um jogo de tênis, por exemplo, é assistido na totalidade por quem está presente na arena, já uma maratona não apresenta essa característica;
Facilidade para entendimento das regras e contagem, o voleibol teve sua contagem alterada para facilitar o entendimento do público não habituado com o esporte e também para diminuir a duração das partidas;
Duração;
Existência de ídolos;
Incentivo a torcer, exemplificando, esportes como o futebol propiciam que o público, mesmo que não conheça o esporte, tome partido e torça por alguma das equipes, já a vela não propicia a mesma facilidade;
Calendário;
Emoção, suspense e plasticidade.
Promoção – tudo que se refere à comunicação e divulgação da modalidade, como por exemplo:
Espaço na mídia tanto para as competições como para reportagens e entrevistas;
Comentaristas e narradores que saibam se comunicar com o público-alvo.
Comunicação eficaz com o público no próprio local de competição.
Chats, sites e ações de mobile.
Esse mesmo exercício pode ser aplicado a clubes, eventos, etc., evidentemente com as devidas adaptações.
A execução de análises e estudos tomando como base as variáveis citadas, assim como a elaboração de planos de negócios que visem aumentar a atratividade perante espectadores, praticantes, patrocinadores, investidores e meios de comunicação são de vital importância para se ter sucesso no mercado e propiciar lucratividade aos envolvidos.
Considero os grandes campeonatos americanos, Futebol - americano (NFL), Hockey (NHL), Basquetebol (NBA) e Beisebol (NBL) como benchmarking do que preconizo em termos de gestão esportiva.
O basquete da NBA chega ao ponto de ter regras diferentes das estabelecidas pela Federação Internacional (FIBA) com o único intuito de deixar sua competição mais agradável aos olhos dos seus investidores e consumidores, ou torcedores, como preferirem.
Em suma, fica até difícil de acreditar que os responsáveis pelos esportes, tão acostumados às competições, abdiquem da competição mais importante para o desenvolvimento de sua modalidade: a competição pelo mercado.
Ótimo artigo! Claro, limpo e didático.
ResponderExcluirLucas
Querido "flamenguista" Idel! Excelente artigo! Esclarecedor para um cara como eu, que estou começando no ramo.
ResponderExcluirAbraços.
Chico Lins
Fala Chico
ResponderExcluirMais uma vez obrigado pelas palavras e por ter visitado o blog.
Estou à disposição!
Informo ainda, que seu comentário quase foi recusado em função da referência equivocado em relação a mim, mas relevei por imaginar que vc esteja confuso e preocupado com o próximo jogo.
Um abraço