Um agradecimento a Mario Quintana por sua obra e pela inspiração para esse artigo, que se aproveita do título e do trecho de um de seus poemas.
O fator “idade” costuma ser muito valorizado tanto no ambiente esportivo como no corporativo, situação que leva à exclusão do mercado de uma considerável gama de executivos e atletas por razões estritamente ligadas ao preconceito.
Mesmo com todo o progresso e o acesso a informações, ainda se avaliam profissionais por sua idade biológica, o que é um lamentável engano quando generalizado.
Obviamente, o potencial de desenvolvimento costuma ser maior nos mais jovens, o que por si só indica que esses devam ser valorizados e retidos, porém, é no presente que o mundo vive, e bons resultados são fundamentais para que o futuro venha existir.
Já as restrições em relação a um profissional com mais idade se voltam para a menor produtividade, desconhecimento tecnológico, estilo de gestão autoritário, resistência para mudanças e menor vigor.
Informo que tais alegações são absolutamente preconceituosas, visto que os argumentos negativos citados a respeito não são correlacionados à faixa etária, e sim, à capacidade do profissional.
Por esse mesmo motivo, vou me eximir de enumerar as eventuais características positivas que poderiam fazer um profissional mais velho ser superior ao mais jovem.
Existem inúmeros exemplos que desmentem as alegações negativas citadas a respeito de um profissional de mais idade, mas devido ao reduzido espaço e para aproveitar o ambiente esportivo, fica mais interessante contestar a acusação relativa ao "menos vigor" citando dois casos de atletas que, segundo certos "gurus", já deveriam estar aposentados.
O primeiro chama-se Haile Gebrselassie, um corredor etíope, bicampeão olímpico e tetracampeão mundial dos 10.000 m, que estabeleceu 27 recordes mundiais entre distâncias que vão dos 3.000 m à maratona.
Tamanho currículo já seria suficiente para colocá-lo entre os maiores atletas do mundo, porém o que reforça ainda mais essa afirmação e nos embasa na argumentação de que a idade mais avançada não significa pouco vigor é o fato de que com 35 anos bateu o recorde mundial da maratona, com o tempo de 2:03’59”, para os menos afeitos à modalidade, informo que trata-se de um tempo fora de qualquer padrão de normalidade.
O segundo caso é o da nadadora americana Dara Torres, que conquistou 3 medalhas nas olimpíadas de Pequim com 41 anos.
Entre as provas que participou nesses jogos, vale destaque a dos 50 m livre, onde conquistou a medalha de prata, perdendo por um ínfimo ´decimo de segundo para a alemã Britta Steffen de 23 anos e superando a australiana Cate Campbell de 15 anos.
Atualmente Dara Torres se prepara para participar dos Jogos Olímpicos de Londres, sua 6a olimpíada, onde estará com 45 anos.
A trajetória dessa nadadora é um ótimo exemplo de uma IDADE PARA SER FELIZ, pois suas conquistas não se restringem as suas participações pós 40 anos, Dara Torres acumula 12 medalhas olímpicas, sendo que bateu seu primeiro recorde mundial quando tinha apenas 15 anos.
Ou seja, sempre obteve bons resultados independente da idade.
Diante disso, não tenho dúvida em afirmar que qualquer julgamento que tenha a idade de um atleta ou de um executivo como fator determinante é tendencioso e bem típico de pessoas sem vigor, inflexíveis e autoritárias, o que reitero, nada relacionado à idade.
Idel, além de concordar integralmente com sua opinião, quero destacar o SHAPE da Dara Torres que é simplesmente de cair o queixo.
ResponderExcluirAbs. nos falamos.
G.Bragança
Idel,
ResponderExcluirGostei muito do tema desse seu artigo. Não tenho dúvidas de que as pessoas que praticam esportes têm mais chances de manter o corpo ativo e a mente mais produtiva. Acho que sou exemplo disso... Sem entrar na discussão de quem é mais produtivo, se o o jovem ou o mais velho, hoje aos 46 anos sinto-me muito bem. Correndo desde os 14 anos, mantenho o corpo saudável e firme, o vigor de menina e a cabeça altamente produtiva. Tenho a impressão que estou cada vez melhor. Salve a maturidade!
Nira Lima