As diferenças entre homens e mulheres já inspiraram livros sobre relacionamentos como “Mulheres são de Marte, Homens são de Vênus” de John Gray e até capítulos em livros de marketing como “Vamos às compras” de Paco Underhill, que com muita propriedade descreve o comportamento diferenciado entre os sexos no que tange ao consumo.
Ficar alheio a essas diferenças e ao poder de consumo das mulheres é um erro que pode custar muito caro.
Não há como negar que elas sempre influenciaram as compras, porém, agora mais independentes, passaram também a atuar fortemente como consumidoras.
Se antes elas influenciavam o marido na escolha do carro, por exemplo, hoje elas vão às compras e ao contrário dos homens que priorizam a potencia do motor e dimensão do porta-malas, elas buscam a satisfação dos seus anseios, no caso, através de modelos que propiciem conforto e beleza.
Pesquisas apontam que as mulheres são responsáveis por 80% das compras em supermercados e até em categorias de produtos mais associadas ao público masculino, elas passaram a ter uma participação mais significativa, como é o caso de cerveja.
Apesar desse quadro, muitos segmentos ainda não conseguiram se comunicar de forma correta com esse público, afinal a grande maioria das empresas ainda é dirigida por homens com grande dificuldade de entender o universo feminino.
Atenta a esse público, a ESPN lançou em 2010 a ESPN W, inicialmente apenas com presença digital, mas com planos de expansão que podem chegar até um canal de televisão.
Mulheres constituem 24% dos espectadores da ESPN, porém a cobertura da imprensa em relação a atletas do sexo feminino costuma ser muito baixa, exceção feita à Sports Illustrated Swimsuit, cujo conteúdo é mais voltado à exposição do corpo das atletas.
Atenta a essas características da concorrência e da demanda do mercado, a ESPN W dedica bastante espaço às competições femininas, sem no entanto deixar de cobrir o esporte de forma geral.Mas engana-se quem acha que a iniciativa agradou a unanimidade das mulheres.
Alguns grupos a consideraram um ato de segregação, vale citar que a direção da empresa tomou o máximo de cuidado com eventuais acusações e estereotipização do portal, tanto que baniram a aplicação da cor rosa.
Tarefa difícil...Freud em sua carta à Marie Bonaparte, psicanalista francesa, escreveu: Nunca fui capaz de responder à grande pergunta: o que uma mulher quer?
Se para Freud era complicado, imaginem para meros gestores de marketing.
Considero a iniciativa da ESPN muito interessante e corajosa, o desafio de empregar uma linguagem apropriada, com um grau de detalhamento adequado a uma categoria cada vez mais sem tempo em função da necessidade de conciliar sua vida profissional, criar os filhos, se relacionar com o parceiro e cuidar de si, é digna dos mais efusivos elogios e muito contribuirá para o fomento do esporte.
Idel Halfen!
ResponderExcluirLamento informar que nem Freud, Nietzsche, nem vc,nem nenhum homem conseguem entender o que as melheres querem, muito menos como pensamos. Melhor relaxar e aproveitar ( no caso do Mkt), o crescimento desse segmento de comsumo, mas sem esses questionamentos!!!
Nira Lima
A mulher vem alçando espaços em diferentes áreas de maneira ascendente e definitiva. Acho complicado vcs querem entender como funciona a cabeça das mulheres. Nem Balzac, Nietzsche, Freud, nem Mel Gibson no filme “Do q as mulheres gostam” deram conta! O melhor é relaxar nessa tentativa e aproveitar, nesse caso, essa boa fatia de mercado!
ResponderExcluirAbraço, Nira