No artigo marketing e seus sobrenomes - http://halfen-mktsport.blogspot.com/2010/12/marketing-e-seus-sobrenomes.html - narrei minha preocupação em relação ao crescente número de especialidades que estão sendo criadas para serem associadas ao marketing, sem que o tal “especialista” na função tenha alguma experiência e/ou conhecimento de marketing.
Ou seja, guardadas as devidas proporções, é como alguém exercer cardiologia sem ser médico. Complicado...
O breve esclarecimento se faz necessário, pois o tema desse artigo é o “Marketing das Cidades”, que ao contrário do marketing esportivo - infestado de curiosos ou de “diplomados” que nunca trabalharam com marketing - esse, por enquanto, não tem dado espaço a profissionais despreparados.
O marketing das cidades ou marketing places tem como finalidade principal criar uma percepção positiva da região e assim atrair eventos, empresas e turismo, fontes fundamentais de geração de receitas.
Esse cenário faz com que a concorrência entre as cidades se acirre e essas passem a dar importância a muitos fatores negligenciados até então, visto que tradicionalmente o cargo de chefia do poder executivo é ocupado por pessoas com perfil mais político do que administrativo.
A mudança desse quadro tem feito com que muitas cidades passem a utilizar o marketing como ferramenta de posicionamento.
Entre as cidades atentas a essa oportunidade podemos citar Las Vegas, Nova York e Berlim como bons exemplos, porém como o foco do blog é esporte, vamos focar nesse artigo cases de cidades que tenham construído seu posicionamento através dessa atividade.
Perth, na Austrália, começou a ganhar projeção mundial em 1997 ao sediar num mesmo ano os campeonatos mundiais de triathlon, vela e natação e criar um interessante slogan: The best on earth in Perth.
Rotterdam, na Holanda, tem investido fortemente para ser conhecida como a cidade dos esportes e para isso pratica uma política de intensa divulgação de suas atividades, seja na promoção de seus eventos ou na elaboração de relatórios sobre os efeitos sociais das atividades esportivas.
Hoje a maratona de Rotterdam é considerada uma das melhores do mundo.
Por fim, vale mencionar as cidades que sediam os Jogos Olímpicos e passam a ser vistas como “capitais do esporte”.
Essa imagem, além de positiva sob o ponto de vista institucional traz inúmeros benefícios, caso haja um planejamento bem executado.
Eventos esportivos costumam propiciar às cidades a oportunidade de atrair turistas de alto poder aquisitivo, que se bem recebidos voltarão e recomendarão a cidade, formando assim uma nova geração de turistas.
A cobertura da mídia internacional, por sua vez, proporciona uma maior exposição da cidade sem custos diretos de comunicação.
Também não pode ser desconsiderada a qualificação que é gerada na força de trabalho envolvida com o evento, além da infraestrutura que fica como legado.
Creio que diante do exposto não restem muitas dúvidas de que o marketing é peça fundamental para a gestão das cidades e, que o esporte é uma das melhores ferramentas a serem utilizadas nessa questão.
Muito interessante esse artigo. Pena que os políticos governantes no Brasil criem marcas que os associem aos seus feitos, e aí a marca mude de acordo com o resultado das eleições.
ResponderExcluirParabens pelo blog!
Obrigado, Pedro.
ResponderExcluirConcordo com seu comentário.
Abs