terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Cumpra-se o regulamento!

O que será abordado nesse texto pode ser aplicado a qualquer setor da sociedade, mas em função do cunho do blog, focaremos o caso da Portuguesa de Desportos que, por ter utilizado um jogador que estava suspenso, poderá perder quatro pontos no campeonato brasileiro e com isso ser rebaixada.
Não creio que caiba discutir se a lei é justa ou não nesse caso, afinal ela está em vigor, o que não impede de ser revista posteriormente, caso a comunidade esportiva assim entenda.
No entanto, não há como não relatar o quão patéticos são os argumentos daqueles que vão contra a punição, e não falo aqui dos torcedores da Portuguesa ou dos clubes que por alguma razão torcem contra o Fluminense - time que seria beneficiado com o rebaixamento da equipe paulista - afinal é extremamente difícil deixar de lado a paixão numa hora dessa.

Mas quando vemos jornalistas e formadores de opinião indo contra o cumprimento da lei ou se apegando a mentiras para justificar o injustificável, precisamos parar para pensar sobre os valores da nossa sociedade.
Claro que opiniões divergentes são válidas, desde que, quando feitas por jornalistas, ocorram com a devida isenção e desprovidas de bairrismos e recalques.
É risível a postura de alguns desses profissionais quando tentam de qualquer forma encontrar argumentos para que suas vontades e caprichos sejam satisfeitos. Muitos chegam a fazer "beicinho" quando advogados convidados para seus espaços na mídia derrubam suas "magnifícas" teses.
Isto é, quando dão espaço, alguns são tão covardes que nem direito de resposta concedem, nem publicam esclarecimentos técnicos que contrariem suas teses, ou melhor, interesses.
Parecem aquelas pessoas que criticam os políticos do mensalão, mas na primeira oportunidade furam filas, dirigem pelo acostamento ou se sujeitam a negócios escusos.
Interpretam sempre a lei em benefício de seus interesses, sendo que a grande maioria mudaria sua opinião caso tivesse que mudar o lado da discussão.
No caso de competições esportivas é sabido que muitas equipes deixam de usar jogadores suspensos e, por isso, talvez tenham  performances desfavoráveis, mas nem por isso violentam o regulamento. Provavelmente tais equipes poderiam estar em colocações melhores, caso tivessem ignorado o regulamento. 

Mas, independentemente do caso em si, é importante ter em mente que não cumprir leis e regulamentos é acima de tudo um perigoso precedente que se abre para situações vindouras.
Temo que a impunidade traga para o esporte um cenário onde o doping seja liberado, pois o dopado é um cara legal e não é mal intencionado. Ou que uma agressão cometida por um atleta passe a ser normal, já que o ofensor não teve a intenção...

E antes que julguem esse texto como uma defesa institucional do Fluminense, esclareço que não foi essa a intenção principal,  pois procuro ao máximo não misturar a paixão que nutro pelo clube com a linha editorial do blog, tanto que não costumo publicar comentários e/ou responder questionamentos relacionados ao clube.
Claro que é difícil, mas nesse caso me sinto inteiramente confortável, até porque, com a tentativa de "linchamento" à instituição por parte de alguns "jornalistas" surgiram questionamentos que envolvem o marketing aplicado ao esporte.
O principal deles diz respeito a uma possível desvalorização que a marca do clube poderia sofrer diante de seus patrocinadores, o que não aconteceu, visto que um dos atributos mais valorizados por empresas sérias é justamente a retidão no cumprimento do que é estabelecido em contratos, leis e regulamentos. 






9 comentários:

  1. Só para saber, cade o flamengo, sumiu, não tem nada com isso, não foi salvo e a rede globo, não manda nada, não manipula nada. Por último, os dirigentes do FLUMINENSE participam dessa vergonha, por isso esquecem de citar alguns, isso também não é omissão, inverdade e manipulação?

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  2. Obrigado pelo seu comentário.
    Vejo os dirigentes do Fluminense defendendo o regulamento,
    Citar outros clubes, sejam eles quais forem, não me parece razoável. A luta é a favor da justiça e não contra outros times.
    A propósito, omissão é acusar sem provas e sem se identificar, Sr. anônimo.
    Att.

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  3. Sr. anônimo
    Agradeço mais uma vez sua assiduidade no blog.
    Não publicarei sua mensagem pois ela não está condizente com o nível de educação que se propõe uma discussão sobre esporte.
    Lamento ainda a falta de coragem em se identificar, mas diante do conteúdo de suas mensagens, é fácil imaginar a razão do anonimato.
    De qualquer forma, tenha um bom Natal.
    Att

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  4. Caro Idel
    Admiro seus textos e a paciência para lidar com idiotas que atrás de um teclado se tornam valentes.
    São pessoas que não sabem o significado do esporte e encontram na internet a forma de extravasar suas fragilidades e frustrações.
    Sobre o texto, concordo com a linha de raciocínio, mesmo não sendo torcedor do Fluminense.
    Oshi Shinobu

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  5. Caro Antonio
    Obrigado pelo comentário.
    Não sei se a internet é a principal responsável, mas há um grande número de pessoas que confunde esporte com jogo, adversário com inimigo e discordar com odiar.
    Uma pena...
    Abs
    Feliz Natal para você e família.

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  6. Jersey Nazareno - 25 de dezembro de 2013 - 10:34
    Caro Halfen
    Tenho publicado na rede FB sobre a insensatez de alguns profissionais formadores de opiniões, que teimam em denegrir a imagem do Fluminense nesse episódio. Não me cabe julgar o mérito de seus interesses, mas é vergonhoso o fato de acusarem o Flu de favorecimento pelo tapetão. Esquecem, de propósito, que os clubes aprovaram um regulamento para o Brasileirão e outros torneios de futebol par este ano de 2013. Fato. Então, omo dizes, "cumpra-se o regulamento", e pronto. Mas jogar a opinião pública contra a instituição Fluminense Football Club é quase criminoso. E se fosse um outro clube, a repercussão seria a mesma? Duvi-d-ó-dó.

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  7. Caro Jersey
    Obrigado pelo comentário extremamente sensato.
    Como você bem colocou, não vale entrar no mérito das razões que levam parte da imprensa a adotar postura tão covarde.
    O que mais me indigna é a irresponsabildade de alguns "formadores de opinião" que, desconhecendo ou conhecendo, o poder da imprensa, jogam a população contra o clube sem se importarem com as consequencias que isso pode trazer ao torcedor.
    Vários casos de agressão já ocorreram contra torcedores do clube, e o pior, não vi ou ouvi nenhum desses "formadores de opinião" se indignando contra tais atos.
    Curioso que na mesma semana condenaram os torcedores que brigaram nas arquibancadas, ficaram quietos em relação às agressões sofridas pelos tricolores nas ruas, clubes e colégios.
    Esquecem que credibilidade é a maior riqueza que se pode possuir, pois só a própria pessoa tem o poder de perdê-la.
    Em resumo, as máscaras estão caindo.
    Abs


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  8. Os alinhamentos ideológicos já não variam muito. O que me instiga ainda é acompanhar os desdobramentos práticos dos agentes futeboleros. Vou chupinhar com algumas adaptações meu comentário no Blá blá Gol sobre o que penso afligir as cabeças pensantes sobre as estratégias de imagem do Tricolor.

    O Fluminense é o Mal do Mundo da vez. Volta e meia aparece um. Até outro dia era o Corinthians do Kevin Spada.

    No caso Tricolor há uma peculiaridade, contudo. Como não é um caso bizarro de assassinato ou crime, neguinho tem menos pudor, na TV inclusive, em fazer o escárnio com o clube. É mais fácil fazer troça com alguém que "virou uma mesa" que incutir a pecha de assassino em outrem. Paradoxalmente, o zelo jurídico acarreta tal condição.

    É esse ponto que me interessa observar. A sociologia da zueira já sei como funciona, os mecanismos da hipocrisia também já sei de cor e salteado, e um pouquinho dos caminhos da grana futebolera.

    Quero ver daqui para frente como Idel Halfen vai se virar, pois não adianta espernear. O Fluminense vai conviver com hostilidade fortíssima e, ao contrário de 96/97, quem pauta a mídia em 2014 é o clamor popular. O Fluminense não contará com a menor simpatia e defesa de microfonistas, especialmente da militância de TV fechada e internet. Pelo contrário.

    Se uma campanha ruim até 2013 tinha um peso, terá outro em 2014. Se uma campanha vencedora até 2013 era contestada por um ou dois rivais diretos, será vigiada com Lupa por 699 times.

    Cair para Série B seria cômodo para o Fluminense. Parabenizo o Tricolor pela coragem.

    O outro lado da moeda para Idel seria que também diferente de 96/97, o poder de articulação e unidade de uma torcida é muito maior em 2013 (tanto é verdade que elas pautam os veículos de mídia mainstream) e ainda que por motivos alheios à vontade do Fluminense, existe um fator emocional fortíssimo a ser explorado.

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  9. Caro Victor
    Valeu pelo comentário.
    Muito interessante a menção sobre as "troças".
    Sobre sua colocação a respeito da coragem do clube em enfrentar a pressão, acrescentaria que se não agisse dessa forma, estaria sendo incoerente, visto a luta pelo cumprimento do regulamento.
    Um clube que zela pela obediência ao regulamento, não pode arbitrar sobre a série que irá jogar.
    De fato, os desafios serão enormes, mas pelo menos estamos tendo a oportunidade de esclarecer todas as acusações, inclusive as anteriores, não só para a mídia, mas tb para a opinião pública, ou seja, caberá a quem ler as devidas explicações as opções de: querer ser justo ou de ser utilizado como instrumento de manobra de alguns...
    Abs


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