De forma proposital deixei passar o período eleitoral para abordar um tema que não foi debatido entre os candidatos à presidência do Brasil: a política esportiva.
Até entendo que existam outros temas prioritários como educação e saúde, porém o esporte de forma bem gerida pode ser uma excelente ferramenta de colaboração nessas áreas.
Isso também não significa que tal discussão seria decisiva para a escolha do candidato, mas certamente poderia dar ao eleitor alguns indicativos do programa de governo do candidato.
Uma das poucas coisas que ouvi a respeito, e nem tenho confirmação se a declaração efetivamente ocorreu, foi sobre a intenção da candidata Marina Silva em abolir o Ministério dos Esportes.
Sendo verídica ou não a declaração, vale a análise sobre essa proposta.
Muitos do que militam no esporte acham que o fim desse ministério seria maléfico para o esporte, o que discordo.
Não por achar que o esporte seja inferior a outras pastas, mas por acreditar que o nível hierárquico da função tem menos importância do que a forma de gerir e os recursos da pasta.
Na verdade, esse tipo de “briga” por status não é exclusividade de órgãos governamentais, pois em empresas também acontece de um executivo ficar “chateado” por sua área não ser uma vice-presidência como outras, não importando se seu salário e orçamento é igual ou maior do que a VP.
Mas voltando ao ministério do esporte, não vejo problema em vê-lo como uma secretaria ou mesmo subordinado a outros ministérios como o da educação, por exemplo.
Seria até uma maneira de diminuir a exagerada quantidade de ministérios.
Só não abriria mão de ter como titular da pasta, alguém preparado, correto e com vivência no esporte, de modo que sua equipe contemplasse pessoas com amplo conhecimento nas três manifestações esportivas: desporto educacional, desporto de participação, desporto de rendimento.
A partir dessa premissa, bastaria incorporar um orçamento compatível com os objetivos que o esporte deve propiciar ao país e daí estabelecer e divulgar indicadores de desempenho no curto, no médio e no longo prazo.
Fica para a próxima...
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