terça-feira, 6 de setembro de 2016

Desistir é para sempre...

Um dos momentos mais marcantes e mais emblemáticos da história das Olimpíadas se deu na chegada da atleta suíça Gabrielle Anderson, que chegou na 37ª colocação entre as 44 que terminaram a maratona dos Jogos de Los Angeles em 1984.
Seu grande mérito foi terminar a prova, mesmo totalmente sem condições e cambaleando em função do grave quadro de hiponatremia (queda brutal de sódio no sangue) causado pela falta de reposição isotônica e pelo forte calor californiano. A título de curiosidade, seu tempo, ainda assim, foi de 2:48.
Mais do que um exemplo de determinação, o feito de Gabrielle deveria servir como modelo para todos aqueles que desistem na iminência de um fracasso. Por sinal, o caso da atleta suíça é ainda mais emblemático pelo fato de a maratona ser um esporte individual, ou seja, uma eventual desistência traz “transtorno” apenas para a própria pessoa.
As situações no esporte, de forma geral, são excelentes ilustrações, pois nos remetem a acontecimentos de nossas vidas, que requerem a superação de dores, incertezas, angústias, preocupações e fracassos. Além do que, as imagens proporcionadas pelo esporte impactam de forma dramatizada - e real - corações e mentes como num filme, onde muitas vezes o final não é feliz.
A vida corporativa, ainda que sem a plasticidade peculiar das competições esportivas, nem os holofotes dos Jogos - pode também nos subsidiar com belos casos de superação, coragem e determinação, entre os quais podemos citar: Steve Jobs, que após ser demitido por um CEO que ele mesmo tinha contratado para a Apple, montou sua segunda empresa, a NeXT. Essa empresa foi posteriormente adquirida pela Apple, sendo que dessa vez coube a Jobs o cargo de CEO. O resto da história de sucesso todos conhecem. 
Walt Disney, que após ser demitido de vários empregos montou um estúdio e paro por aqui por respeito ao espaço. 

Já sobre os "desistentes", não vamos perder tempo com nomes, mesmo porque o anonimato e o desprezo são os produtos finais de suas condutas.
Entretanto, vale conceitualmente relatar que pessoas com esse perfil são os piores profissionais que uma organização pode vir a ter, visto que inseridos na covardia estão a deslealdade, a desonestidade, o egoísmo e a falta de hombridade, características que nada acrescentam a quem busca resultados sustentáveis.

Termino o artigo com duas frases bem adequadas ao tema. 
A primeira do ciclista americano Lance Armstrong que, apesar do enorme prejuízo que trouxe ao esporte, foi muito feliz na afirmação de que “A dor é temporária, desistir dura para sempre”.
E a segunda do ensaísta francês Joseph Joubert. “O medo depende da imaginação, a covardia do caráter”.


Um comentário:

  1. "A sorte segue a coragem ".
    Uso muito esta para o Tennis e como a vida é simular a um jogo de Tennis ( perseverança e trabalho) às vezes estamos no fundo da quadra nos defendendo ou trocando bolas outras subimos a rede e atacamos e outras variações inerentes ao jogo de Tennis e da vida .

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