Talvez seja utópico querer que a imprensa tenha uma conduta perfeita, mesmo porque comunicar é extremamente difícil.
Quem fala pode estar se expressando de forma confusa, quem escuta pode estar entendendo errado, ou ambos.
Há ainda a limitação de espaço que implica na necessidade da edição do que foi dito, o que pode involuntariamente tirar do contexto parte ou totalidade da fala.
Apesar dos eventuais transtornos que as situações mencionadas costumam causar, não há muito o que fazer, principalmente porque o ocorrido, nesses casos, não costuma ser fruto de má intenção da imprensa.
Outro tipo de problema se dá quando a matéria é reproduzida fielmente, mas o título da mesma vem com um tom sensacionalista, que compromete o conteúdo caso o leitor não tenha tempo ou paciência para ler toda a reportagem. Exemplificando, seria como um sujeito explicar que não gosta de trabalhar pela manhã por render mais no período da tarde e a manchete vir com o título “Fulano não gosta de trabalhar”.
Há ainda a limitação de espaço que implica na necessidade da edição do que foi dito, o que pode involuntariamente tirar do contexto parte ou totalidade da fala.
Apesar dos eventuais transtornos que as situações mencionadas costumam causar, não há muito o que fazer, principalmente porque o ocorrido, nesses casos, não costuma ser fruto de má intenção da imprensa.
Outro tipo de problema se dá quando a matéria é reproduzida fielmente, mas o título da mesma vem com um tom sensacionalista, que compromete o conteúdo caso o leitor não tenha tempo ou paciência para ler toda a reportagem. Exemplificando, seria como um sujeito explicar que não gosta de trabalhar pela manhã por render mais no período da tarde e a manchete vir com o título “Fulano não gosta de trabalhar”.
Entendo perfeitamente a necessidade de audiência, likes e compartilhamentos, mas, mesmo reconhecendo a criatividade de algumas “chamadas”, penso ser dispensável tal postura quando se trata de veículos com posicionamentos sérios, ou seja, vejo espaço para algumas brincadeiras em veículos que reconhecidamente têm o humor como característica.
Existe, entretanto, um tipo de notícia que é totalmente inaceitável e, no meu modo de ver, passível das punições mais severas, me refiro aqui às mentiras que, quando não implicam em ofensas, são esquecidas pelo tempo, mas, infelizmente, não fazem com que o leitor deixe de ler o autor, mesmo sendo este, um contumaz mentiroso. E pior: será compartilhada sem que a verdade seja apurada.
Mas o que será que leva um jornalista, se é que assim pode ser considerado, a mentir?
A busca por audiência é uma das possíveis causas. O sujeito, confiando no esquecimento do leitor, escreve ou fala uma besteira “sensacionalista” que, ao ser repercutida, lhe garante uma imagem boa perante ao chefe, o qual com outras responsabilidades não tem tempo para se aprofundar no teor de todas as notícias.
Faz pouco tempo soube que um desses “jornalistas” havia anunciado que o Fluminense estava fechando com certo fornecedor de material esportivo e com um patrocinador. Por eu estar à frente das negociações sabia que era mentira, mas muitos leitores e parte da imprensa reverberaram a tolice. Nesse caso, na melhor das hipóteses, o jornalista (?) não checou corretamente a informação de sua incompetente fonte.
Outra causa da disseminação de mentira é a covardia, essa faz com que aproveitem o poder da mídia para destilar ódios e recalques de alguma situação mal resolvida no passado ou de inveja do presente.
A perseguição que o Fluminense sofreu quando dois outros times escalaram jogadores em situação irregular é um bom exemplo dessa covardia, pois mesmo ciente da real situação, parte da imprensa preferiu criar argumentos falsos para se cegarem em relação às falhas dos clubes infratores e inventarem alegações ridículas para culparem o Fluminense. Patético!
Saindo do futebol para o voleibol, vimos recentemente certo jornalista garantir que a escolha do novo técnico da seleção masculina teve a influência do ex-treinador Bernardinho, uma mentira que não surpreendeu aos que transitam na modalidade e sabem que a perseguição desse jornalista ao bicampeão – quem sabe tri – olímpico, é algo que transcende à racionalidade e deixa evidente seus complexos.
A terceira motivação para notícias mentirosas, dizem, tem relação com benefícios financeiros, mas sobre essa prefiro não me estender por falta de provas.
Claro que maus profissionais existem em todos os segmentos, devendo ficar registrado aqui que, mesmo muitas vezes discordando ou não gostando dos textos e artigos, a maioria da imprensa é correta.
A dúvida que fica é: como os empregadores ainda contratam ou mantém aqueles que mentem e/ou perseguem, cientes que a imprensa tem o dever da verdade e que o direito de resposta não compensa os prejuízos causados contra a imagem de pessoas e instituições?
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