O momento pelo qual passa o mundo tem sido muito difícil, quase tudo mudou.
Incertezas, inseguranças e medos passaram a habitar a mente de todos. Quando isso vai acabar? Como as coisas vão ficar?
Esses questionamentos,
além de estarem frequentemente no pensamento da população de forma geral, têm
para os executivos de marketing um papel fundamental para a elaboração de suas
estratégias, visto a função que exercem ter estreita relação com o
comportamento dos consumidores e a antecipação aos seus movimentos.
Os hábitos irão
efetivamente mudar? É de se esperar que
haja, mesmo após o fim da pandemia, uma atenção maior à higiene? Além do
raríssimo álcool gel, outros produtos como sabonetes e mais itens voltados à
limpeza passarão a ter o mesmo peso na cesta do consumidor?
As empresas
continuarão a ter os mesmos concorrentes? Quais sairão? Quais entrarão?
O varejo tradicional
continuará a ser o principal canal de vendas ou o e-commerce aumentará ainda
mais seu quinhão?
A todas essas dúvidas
ainda podem ser acrescentadas as que versam sobre a duração dos novos
comportamentos. Serão eles tendências ou modas?
Haverá, sem dúvida, espaço
para as empresas influenciarem de alguma forma tais decisões, sendo o marketing
aqui uma ferramenta essencial, pois caberá a ele direcionar o posicionamento
de produtos e marcas, assim como deixá-los atrativos, acessíveis e com um
preço competitivo que proporcione lucratividade à empresa. A própria
comunicação terá um papel de suma importância nessa retomada.
O grande desafio
consistirá em identificar esse comportamento com relativa antecedência, visto
que os sentimentos e necessidades que agora afloram podem vir a mudar na medida
em que a suposta normalidade volte a imperar.
Digo “suposta”, pois o próprio padrão de “normalidade” pode ter se alterado.
Vai saber.
Até o grau de memória - ou seria gratidão? - da sociedade entra no rol das dúvidas. Exemplificando: as marcas que estão tendo posturas exemplares no papel de cidadãs, reforçando seus propósitos para um mundo melhor, serão lembradas por isso e como tal priorizadas nas decisões de consumo futuras? Ou serão preteridas por outras que, oportunamente, oferecerão promoções “irresistíveis”?
Digo “suposta”, pois o próprio padrão de “normalidade” pode ter se alterado.
Vai saber.
Até o grau de memória - ou seria gratidão? - da sociedade entra no rol das dúvidas. Exemplificando: as marcas que estão tendo posturas exemplares no papel de cidadãs, reforçando seus propósitos para um mundo melhor, serão lembradas por isso e como tal priorizadas nas decisões de consumo futuras? Ou serão preteridas por outras que, oportunamente, oferecerão promoções “irresistíveis”?
Para deixar o desafio
ainda mais difícil, não há nenhum histórico que sirva como base para a
elaboração das projeções.
Claro que isso tudo
vai passar e que todos nós nos adaptaremos ao futuro, o qual, aliás, pode ser
exatamente igual ao passado. Penso, no entanto, que as corporações com áreas de
marketing bem estruturadas e mais ágeis na captação e interpretação das
corretas informações sobre o mercado - consumidores, concorrentes, fornecedores, canais de venda, etc. - e o cenário macroeconômico, tendem a ter resultados melhores e
mais rápidos.
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