Esse período pelo qual o mundo vem passando colocou, entre outras coisas, grande parte da população trabalhando em sua própria casa, forma mais conhecida como home office.
Por mais que muitas dessas pessoas já tivessem tido essa experiência anteriormente, agora é algo completamente inusitado, pois acontece com quase todos, ou seja, o meio de comunicação mais frequente é o virtual.
Muitos observadores chegam a afirmar que o mercado corporativo será diferente depois dessa pandemia e que o home office se tornará muito mais usual.
Pode até ser que a projeção venha a se realizar caso olhemos sob o prisma de quebra de paradigmas, principalmente em empresas com culturas menos modernas e que jamais adotariam tal prática em condições normais.
Contudo, as empresas que cogitarem essa possibilidade devem inicialmente considerar que a prática atual vem na forma de paliativo, ou seja, não houve tempo para ser efetivamente estruturada, tampouco deverá ser adotada no futuro por todos de todas as empresas, sejam fornecedores, clientes ou prospects.
Achar que as interações físicas poderão ser totalmente substituídas pelas virtuais e, dessa forma, diminuir drasticamente despesas com aluguéis de imóveis, facilities e até serviços essenciais pode ser um erro que irá requerer, talvez, mais despesas para ser remediado no futuro.
Por mais que as ferramentas de apoio para vídeo conferências estejam e tendam a ficar cada vez melhores, há que se entender e ir paulatinamente testando as interações que pouco serão impactadas com as medidas, ao invés de serem bruscamente implantadas.
Por mais que as ferramentas de apoio para vídeo conferências estejam e tendam a ficar cada vez melhores, há que se entender e ir paulatinamente testando as interações que pouco serão impactadas com as medidas, ao invés de serem bruscamente implantadas.
Mesmo tendo a certeza de que a experiência atual não é um bom parâmetro de avaliação, visto ter sido algo global e não apenas localizado na própria empresa, é possível constatar que houve, principalmente no início, um número elevadíssimo de reuniões, o que pode ter sido em função de uma tentativa de controle, de mostrar que se está efetivamente trabalhando ou ainda uma forma de estar mais junto em um momento em que o medo, a distância e a ansiedade nos fazem precisar mais de contatos.
Essa infinidade de reuniões certamente prejudica a execução das demais tarefas, embora devamos admitir que a objetividade e a pontualidade das reuniões melhoraram bastante, visto começarem no horário, já que grande parte dos participantes está escalada para outras posteriormente, e que, pelo menos no início do evento, vão direto ao tema proposto, eliminando assim as tradicionais conversas de “aquecimento”. Infelizmente não se pode afirmar que essa objetividade se mantém no decorrer do encontro, mas isso é um problema totalmente relacionado à prolixidade das pessoas e suas respectivas manias de quererem falar algo para mostrar participação.
As eventuais insatisfações de colaboradores com seus equipamentos, rotinas ligadas à alimentação e despesas com serviços são relativamente fáceis de serem corrigidas.
O problema de mais difícil solução, no meu modo de ver, será gerir sem a interação física. Aqui vale relatar que muitas das maiores corporações mundiais aboliram as salas individuais, adotando o "open space" em nome de uma maior interação entre os colaboradores e de um melhor clima organizacional.
Ajustes serão necessários, essa é a certeza, aliás, uma das poucas.
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