terça-feira, 9 de março de 2021

Faturamento dos clubes 2019-2020

Pelo terceiro ano consecutivo, a Jambo Sport Business publicou o estudo referente aos clubes que mais receitas auferiram na temporada 2019-20 - leiam em https://www.linkedin.com/posts/halfen_os-clubes-de-futebol-que-mais-faturam-2006-activity-6773652889224171520-cnk3 -, no trabalho também é possível encontrar um comparativo de tais números com os das temporadas que datam desde 2006-07, sendo a base para o estudo o relatório “Football Money League” elaborado pela Deloitte.
O objetivo do trabalho foi entender o comportamento das receitas dos clubes que mais faturam no mundo ao longo destas quatorze temporadas, analisando não só o total de recebimentos, mas também como estes se distribuem de acordo com suas fontes: matchday (bilheteria), broadcasting (direitos de transmissão) e commercial (patrocínios + licenciamentos).
Ressaltamos que as receitas com vendas dos direitos econômicos dos jogadores não estão incluídas por não serem recorrentes.
Como aconteceu na maioria dos setores da sociedade, a pandemia impactou fortemente as receitas dos dez clubes que mais faturaram, resultando numa queda de 11,12%.
As receitas de matchday, após duas temporadas com faturamento acima de € 1 bilhão, tiveram uma queda de 18,1%, o que deixa esta linha em um patamar similar ao da temporada de 2011-12, atingindo o percentual de participação mais baixo até hoje: 14,96%, queda que vem ocorrendo desde 2006-07. Todavia, diante do cenário de proibição de público nos estádios, a diminuição foi relativamente branda.
Outra receita que decresceu foi a advinda do broadcasting (menos 21,3% em relação à temporada anterior), o que corresponde a 35,05% de share em relação ao total, um decréscimo de 4,8 p.p.. Tal fato pode ser creditado ao período em que os jogos foram suspensos, o que redundou também em negociações com as TV’s relativas ao fluxo de caixa.
Já no caso de commercial - que no início de nossa série correspondia a 29,9% - , atingiu em 2019-20 a participação de 50,0% e a variação em relação à temporada anterior teve um irrisório aumento de 0,3%, fruto principalmente dos “novos” contratos fechados antes da pandemia.
Quando analisamos os clubes que mais faturaram, conforme quadro ao lado, temos o Barcelona se mantendo na liderança conquistada na temporada passada, embora dessa vez com uma diferença muito pequena em relação ao 2º colocado, o Real Madrid - apenas € 200 mil -, aliás, a menor já vista dentre as quatorze edições.
Valendo salientar que o clube catalão não teve no período um desempenho esportivo tão bom, ao contrário, perdeu o campeonato espanhol para o rival e na Champions League foi eliminado nas quartas de final. Contudo, a queda no faturamento está diretamente ligada à pandemia, que impactou negativamente todas as suas receitas.
Ainda que a temporada em foco não possa ser considerada “normal”, o fato de não ter havido alteração entre os clubes que compõem os TOP10 é um indício de que gestões sólidas são fundamentais para a sobrevivência em tempos ruins.




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