Tradição ou pragmatismo? Quem prontamente escolher alguma destas opções estará correndo um sério risco de estar errado, visto que a resposta depende da conjuntura em que se estabeleça o questionamento, além do que, o ponto de equilíbrio é sempre condição imprescindível para tudo na vida.
Essa breve introdução tem por intuito discutir alguns modelos de camisas de times de futebol a serem lançadas pela Puma, nas quais não haverá a presença dos escudos, que serão substituídos pelo nome do time em maior proporção.
Os mais tradicionalistas que tiveram acesso às supostas imagens de alguns uniformes já manifestaram insatisfação, achando um absurdo a supressão dos escudos, ainda que estes evoluam ao longo do tempo e que a associação do nome com o time fique mais direta, eliminando aquela costumeira pergunta: “de quem é essa camisa?”
Pragmaticamente falando, as chances de uma maior demanda – guardadas as condições básicas de distribuição, precificação e estética – tendem a ser bem maiores. Contudo, antes que os defensores da iniciativa a justifiquem com o tolo cálculo feito por alguns “especialistas do marketing esportivo” que multiplicam a estimativa de vendas pelo preço de venda ao consumidor, adianto que a conta correta contempla a venda multiplicada pelos royalties que cabe ao clube, o qual é apurado após a subtração dos impostos e das margens. Portanto, ainda que qualquer “dinheiro” seja útil, o ganho intangível com a popularização da marca pode ser o mais significativo no longo prazo.
Os protótipos publicados - não de forma oficial - permitem também considerar que as camisas passem a ser demandadas por consumidores que se importam com o lado "fashion", aumentando assim o espectro anteriormente restrito a fãs do time e/ou de algum dos seus ídolos.
Terminando os argumentos em prol do “pragmatismo”, lembramos que as camisas da NBA não trazem os escudos das franquias.
Por mais que todas as alegações anteriores pareçam conduzir o texto para o lado do pragmatismo, não é essa a conclusão almejada, visto ser essencial um trabalho de pesquisas e testes de mercado para avaliar a real aceitação do produto.
O tal equilíbrio preconizado no primeiro parágrafo deve ser sempre buscado, pontuando, no entanto, que a tradição – atributo primordial para a identidade de qualquer organização – nem sempre é inquestionável, e que o pragmatismo imposto pela busca de receitas e valorização, não deve ignorar a cultura e a história daquela organização.
Partindo da premissa de que todos os clubes buscam “internacionalizar” suas marcas, pois dessa forma aumentam o potencial de faturamento através de oportunidades fora de seus domínios territoriais, cabe aqui um questionamento: quais escudos são efetivamente conhecidos externamente?
Essa breve introdução tem por intuito discutir alguns modelos de camisas de times de futebol a serem lançadas pela Puma, nas quais não haverá a presença dos escudos, que serão substituídos pelo nome do time em maior proporção.
Os mais tradicionalistas que tiveram acesso às supostas imagens de alguns uniformes já manifestaram insatisfação, achando um absurdo a supressão dos escudos, ainda que estes evoluam ao longo do tempo e que a associação do nome com o time fique mais direta, eliminando aquela costumeira pergunta: “de quem é essa camisa?”
Pragmaticamente falando, as chances de uma maior demanda – guardadas as condições básicas de distribuição, precificação e estética – tendem a ser bem maiores. Contudo, antes que os defensores da iniciativa a justifiquem com o tolo cálculo feito por alguns “especialistas do marketing esportivo” que multiplicam a estimativa de vendas pelo preço de venda ao consumidor, adianto que a conta correta contempla a venda multiplicada pelos royalties que cabe ao clube, o qual é apurado após a subtração dos impostos e das margens. Portanto, ainda que qualquer “dinheiro” seja útil, o ganho intangível com a popularização da marca pode ser o mais significativo no longo prazo.
Os protótipos publicados - não de forma oficial - permitem também considerar que as camisas passem a ser demandadas por consumidores que se importam com o lado "fashion", aumentando assim o espectro anteriormente restrito a fãs do time e/ou de algum dos seus ídolos.
Terminando os argumentos em prol do “pragmatismo”, lembramos que as camisas da NBA não trazem os escudos das franquias.
Por mais que todas as alegações anteriores pareçam conduzir o texto para o lado do pragmatismo, não é essa a conclusão almejada, visto ser essencial um trabalho de pesquisas e testes de mercado para avaliar a real aceitação do produto.
O tal equilíbrio preconizado no primeiro parágrafo deve ser sempre buscado, pontuando, no entanto, que a tradição – atributo primordial para a identidade de qualquer organização – nem sempre é inquestionável, e que o pragmatismo imposto pela busca de receitas e valorização, não deve ignorar a cultura e a história daquela organização.
Partindo da premissa de que todos os clubes buscam “internacionalizar” suas marcas, pois dessa forma aumentam o potencial de faturamento através de oportunidades fora de seus domínios territoriais, cabe aqui um questionamento: quais escudos são efetivamente conhecidos externamente?
Pois bem, é provável que a grande maioria não seja reconhecida, o que, talvez, indique que uma solução intermediária que comunique o nome possa ser necessária até que haja uma popularidade maior dos escudos.
Ótimo texto, como sempre. Acho que vc levantou pontos importantes a serem considerados por aqueles que têm que decidir.Quantos mais dados melhor. Se acabarem com os escudos,onde os jogadores daqui farão aquele ritual que agrada tanto aos torcedores, o beijo no escudo?
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
ExcluirBoa a sua pergunta!
Há duas opções: beijar o nome escrito, ou não beijar nada e poupá-los do constrangimento de terem que se explicar quando mudarem de time.
Abs