Às vésperas do torneio de Roland Garros, a tenista Naomi Osaka, até então #2 do ranking da WTA manifestou sua decisão de não comparecer às coletivas de imprensa que acontecem após os jogos. Para justificar o ato, discorreu sobre a pressão que sente em função das perguntas, muitas das quais, agressivas e repetitivas.
Não podemos deixar de admitir que muitos repórteres extrapolam em suas perguntas, o que não significa que deva haver algum tipo de censura, mas sim respeito entre as partes, pois, por mais que haja curiosidade, inclusive por parte do público, há certas perguntas que fogem do âmbito do esporte, assim como a forma que são feitas.
A opção de falar ou deixar de falar com qualquer pessoa é, sem a menor sombra de dúvida, um direito de todo cidadão. Contudo, tal “liberdade” diminui quando há compromissos firmados com patrocinadores, equipes ou organizadores de competições.
Olhando sob esse prisma, fica evidente que a tenista errou, pois frustrou patrocinadores e fãs e não cumpriu o regulamento do torneio, afinal, ao escolher a carreira de jogadora profissional, assumiu compromissos, muitos dos quais não muito agradáveis.
A falta à entrevista resultou em uma multa U$ 15 mil e colocou a tenista no centro de uma polêmica, talvez até mais nociva do que as coletivas que tanto mal lhe fazem, redundando na sua desistência antes mesmo de sua segunda partida no Grand Slam.
Apesar de ser uma situação desagradável, ela tem um lado positivo: jogar luzes sobre a discussão acerca da necessidade de se mudar – ou não – certas práticas já incorporadas ao cotidiano das competições. Será que as entrevistas coletivas pós-jogos são tão interessantes assim para a atratividade das competições? Será que tal evento, no formato atual, não pode ter um efeito maléfico à sua saúde mental dos atletas?
As respostas para estes e demais questionamentos que se derivem não são simples e requererão pesquisas sobre o interesse dos fãs e o perfil emocional dos atletas, além da elaboração de conteúdos que “racionalizem”, podemos assim dizer, a relação entre jornalistas e jogadores.
A propósito, toda e qualquer instituição deve rotineiramente realizar exercícios para atualizar regimentos e práticas aos dias atuais, caracterizando-se um erro a postura do “sempre foi assim e assim será”. Todavia, erro ainda maior seria não punir quem infringe os regulamentos em vigor. Nesse ponto, a organização do torneio deu um belo exemplo, o qual, infelizmente, não é seguido por muitas instituições centenárias que apregoam que a hierarquia e a disciplina são valores fundamentais para a sociedade, mas que na prática optam por preservar seus “preferidos” ao invés de preservar a moral e a imagem.
E já que falamos de disciplina, registre-se que o presente artigo é o de #600 deste blog.
Não podemos deixar de admitir que muitos repórteres extrapolam em suas perguntas, o que não significa que deva haver algum tipo de censura, mas sim respeito entre as partes, pois, por mais que haja curiosidade, inclusive por parte do público, há certas perguntas que fogem do âmbito do esporte, assim como a forma que são feitas.
A opção de falar ou deixar de falar com qualquer pessoa é, sem a menor sombra de dúvida, um direito de todo cidadão. Contudo, tal “liberdade” diminui quando há compromissos firmados com patrocinadores, equipes ou organizadores de competições.
Olhando sob esse prisma, fica evidente que a tenista errou, pois frustrou patrocinadores e fãs e não cumpriu o regulamento do torneio, afinal, ao escolher a carreira de jogadora profissional, assumiu compromissos, muitos dos quais não muito agradáveis.
A falta à entrevista resultou em uma multa U$ 15 mil e colocou a tenista no centro de uma polêmica, talvez até mais nociva do que as coletivas que tanto mal lhe fazem, redundando na sua desistência antes mesmo de sua segunda partida no Grand Slam.
Apesar de ser uma situação desagradável, ela tem um lado positivo: jogar luzes sobre a discussão acerca da necessidade de se mudar – ou não – certas práticas já incorporadas ao cotidiano das competições. Será que as entrevistas coletivas pós-jogos são tão interessantes assim para a atratividade das competições? Será que tal evento, no formato atual, não pode ter um efeito maléfico à sua saúde mental dos atletas?
As respostas para estes e demais questionamentos que se derivem não são simples e requererão pesquisas sobre o interesse dos fãs e o perfil emocional dos atletas, além da elaboração de conteúdos que “racionalizem”, podemos assim dizer, a relação entre jornalistas e jogadores.
A propósito, toda e qualquer instituição deve rotineiramente realizar exercícios para atualizar regimentos e práticas aos dias atuais, caracterizando-se um erro a postura do “sempre foi assim e assim será”. Todavia, erro ainda maior seria não punir quem infringe os regulamentos em vigor. Nesse ponto, a organização do torneio deu um belo exemplo, o qual, infelizmente, não é seguido por muitas instituições centenárias que apregoam que a hierarquia e a disciplina são valores fundamentais para a sociedade, mas que na prática optam por preservar seus “preferidos” ao invés de preservar a moral e a imagem.
E já que falamos de disciplina, registre-se que o presente artigo é o de #600 deste blog.
Texto sensível, com uma visão necessária sobre o que se quer manter ou aprimorar.
ResponderExcluirParabéns sexto centésimo artigo!
Coletiva de imprensa faz parte do compromisso do atleta. Não tem com ser diferente. Quando um atleta possuiu um patrocínio está completamente implícito estes e outros compromissos de marketing.
ResponderExcluirObrigado, Zeca!
ResponderExcluirAbraço