terça-feira, 7 de setembro de 2021

Esportes coletivos e as marcas - Tokyo 2020

O último estudo publicado pela Jambo Sport Business analisou a participação das marcas esportivas das equipes que disputaram as competições de esportes coletivos nos Jogos Olímpicos de Tokyo: basquetebol, basquetebol 3x3, futebol, handebol, hockey, rugby e voleibol de quadra, todas estas nos dois gêneros, além de softbal no feminino e beisebol no masculino. Apenas o vôlei de praia ficou de fora pelo fato de uma mesma equipe abrigar atletas trajando marcas diferentes.
Antes de passarmos às informações que julgamos interessantes, vale destacar que a maior parte das equipes vestiu uniforme da marca que tem contrato com a respectiva federação, vide o caso das seleções brasileiras de futebol que jogaram com Nike, patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol. Todavia, também encontramos seleções que usaram as marcas dos comitês olímpicos locais, situação que pode ser ilustrada pelo time de futebol do México, que vestiu Li Ning, apesar de a Federação Mexicana de Futebol ter o patrocínio da Adidas.
Outra particularidade digna de relato, diz respeito aos países que disputaram a mesma modalidade nos dois gêneros, mas vestiram uniformes de fornecedores diferentes. Exemplifica essa situação o voleibol japonês, cujo time feminino vestiu Mizuno e o masculino trajou Asics.
O universo do estudo compreendeu: 176 equipes, 52 países, 16 competições e 38 marcas. 
A Asics foi a marca que esteve presente em mais modalidades, quatorze competições, só não tendo equipes com seus uniformes no basquete 3x3 em ambos os gêneros. Em segundo, sob essa ótica, está a Adidas com onze, seguida pela Nike com nove. Esses números ajudam a identificar a penetração das marcas nas modalidades esportivas, ou seja, diante dos números apurados, é possível supor que a Asics esteja focando um espectro maior do que as demais, as quais, podem estar mais seletivas nos seus investimentos. Ainda que tais hipóteses sejam factíveis, não pode ser descartada a possibilidade de as marcas, não aparecerem em dada modalidade em função das equipes por elas patrocinadas não terem se qualificado para os Jogos.
Quando voltamos nossa análise para a quantidade de equipes supridas, a liderança fica com a Nike ao vestir 31 times, seguida pela Adidas com 27 e Asics com 18. Aqui a explicação pode estar relacionada à “intensividade” da Nike, isto é, ainda que esteja presente em menos modalidades, os investimentos nessas são maiores.
O estudo analisa ainda as três últimas edições olímpicas, de forma a avaliar eventuais correlações com os resultados esportivos, No voleibol, a Asics sempre vestiu seleções apontadas como favoritas, no entanto, nenhuma delas ganhou medalha de ouro e só em Tokyo subiu ao pódio.
A parametrização com os cenários passados também permite entender a movimentação das marcas, assim como sua “continuidade” ou não nas respectivas modalidades. No handebol, por exemplo, a marca Kempa, que foi a mais presente nos Jogos do Rio, não vestiu nenhuma equipe em 2020. Fato similar aconteceu com a Adidas que em 2012, na mesma modalidade, supriu doze times e em 2016 apenas três.
O estudo mostra também como é a relação dos países com as marcas, no que tange à modalidade. Vemos a Austrália, presente em nove modalidades, mas em todas tendo um único fornecedor, por outro lado, encontramos a Coréia do Sul com equipes em seis competições e cinco marcas diferentes.
Enfim, trata-se de um estudo bastante rico em informações, o qual pode ser acessado através do link:https://www.linkedin.com/posts/halfen_marcas-esportivas-nos-esportes-coletivos-activity-6840743590809935872-ZE4B





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