O último levantamento do IBGE relativo à população brasileira, detectou que a faixa etária daqueles com mais de 60 anos, atualmente ocupada pelos chamados baby boomers, passou de 11,3% para 14,7% em 2022, ou seja, trata-se de um considerável público em termos quantitativos.
Mas como será esse público? Quais seus hábitos? O cidadão de 60+ hoje é similar ao de 20 anos atrás com essa idade?
Pois bem, a título de avaliar o comportamento em termos de vigor desse público, vamos analisar a seguir o perfil dos competidores que participaram da última edição do maior evento de natação do país em águas abertas: o Rei & Rainha do Mar, onde 11,1% daqueles que concluíram as provas de 1 km, 2,5 km e 5 km tinham mais de 60 anos. Cinco anos antes esse percentual era de 9,6%. Temos assim que o número de atletas dessa faixa etária cresceu 74,5%, ao passo que o somatório daqueles com idade inferior aumentou em 48,4%.
Tais números permitem ao menos concluir que essa turma está se tornando mais ativa.
Outro levantamento, agora da Consumer Life, detecta que esse mesmo público tem preferência pelo comércio físico, fato que pode ser creditado ao costume adquirido no passado de ir às lojas e poder ter contato com os produtos.
Mas será que essa característica não tem relação com a pouca “familiaridade” desse público mais maduro com a internet e consequentemente com o comércio eletrônico? Então, 36% deles compram de forma online produtos de tecnologia e diversão, exatamente o mesmo percentual do restante da população, até porque, em função da pandemia, todos tiveram que aprender e/ou se acostumar a essa forma de consumo.
Um parêntesis: tais dados corroboram para atestar a importância do omnichannel, a propósito, creio ser inconcebível atualmente não se atentar para a integração entre o físico e o virtual, inclusive na comunicação.
Voltando ao comportamento dos “boomers”, o levantamento da Consumer Life detectou que suas compras trazem o atributo “confiança” como forte influenciador da decisão. Cerca de 50% deles dizem que só compram marcas que confiam, um percentual superior em oito pontos percentuais ao dos Millenials e dois em relação à da geração X.
Dessa forma, sendo a “confiança” um fator importante na decisão de consumo, é mandatório que as empresas/marcas dediquem forte atenção ao marketing. Todavia, vale relatar que o trabalho de marketing não se resume simplesmente à divulgação e posicionamento das marcas, é preciso entender o comportamento e o perfil desse consumidor, pois, por mais que seja um público ativo fisicamente, há limitações que são implacáveis. Exemplifico aqui com os rótulos das embalagens, muitos lindos, mas que, em nome da estética, ignoram algumas vezes o conforto para se ler.
Muito provavelmente, aqueles gestores mais novos que ainda não têm essas dificuldades óticas em função da idade não se atentam para isso, fato que vem reforçar a necessidade da diversidade como um fator importante na competição pelo mercado.
Mas como será esse público? Quais seus hábitos? O cidadão de 60+ hoje é similar ao de 20 anos atrás com essa idade?
Pois bem, a título de avaliar o comportamento em termos de vigor desse público, vamos analisar a seguir o perfil dos competidores que participaram da última edição do maior evento de natação do país em águas abertas: o Rei & Rainha do Mar, onde 11,1% daqueles que concluíram as provas de 1 km, 2,5 km e 5 km tinham mais de 60 anos. Cinco anos antes esse percentual era de 9,6%. Temos assim que o número de atletas dessa faixa etária cresceu 74,5%, ao passo que o somatório daqueles com idade inferior aumentou em 48,4%.
Tais números permitem ao menos concluir que essa turma está se tornando mais ativa.
Outro levantamento, agora da Consumer Life, detecta que esse mesmo público tem preferência pelo comércio físico, fato que pode ser creditado ao costume adquirido no passado de ir às lojas e poder ter contato com os produtos.
Mas será que essa característica não tem relação com a pouca “familiaridade” desse público mais maduro com a internet e consequentemente com o comércio eletrônico? Então, 36% deles compram de forma online produtos de tecnologia e diversão, exatamente o mesmo percentual do restante da população, até porque, em função da pandemia, todos tiveram que aprender e/ou se acostumar a essa forma de consumo.
Um parêntesis: tais dados corroboram para atestar a importância do omnichannel, a propósito, creio ser inconcebível atualmente não se atentar para a integração entre o físico e o virtual, inclusive na comunicação.
Voltando ao comportamento dos “boomers”, o levantamento da Consumer Life detectou que suas compras trazem o atributo “confiança” como forte influenciador da decisão. Cerca de 50% deles dizem que só compram marcas que confiam, um percentual superior em oito pontos percentuais ao dos Millenials e dois em relação à da geração X.
Dessa forma, sendo a “confiança” um fator importante na decisão de consumo, é mandatório que as empresas/marcas dediquem forte atenção ao marketing. Todavia, vale relatar que o trabalho de marketing não se resume simplesmente à divulgação e posicionamento das marcas, é preciso entender o comportamento e o perfil desse consumidor, pois, por mais que seja um público ativo fisicamente, há limitações que são implacáveis. Exemplifico aqui com os rótulos das embalagens, muitos lindos, mas que, em nome da estética, ignoram algumas vezes o conforto para se ler.
Muito provavelmente, aqueles gestores mais novos que ainda não têm essas dificuldades óticas em função da idade não se atentam para isso, fato que vem reforçar a necessidade da diversidade como um fator importante na competição pelo mercado.
Idel , parabéns pelo artigo
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirÓtima consideração sobre idosos. No Brasil para efeito de gratuidade em transporte, e tratamento prioritário em estacionamento, filas para pagamento, entrada de cinema, e outras, são idosos os acima de 65 anos.
ResponderExcluirA partir dessa idade vai ficando difícil a mobilidade, com risco de tombo na rua e fratura de fêmur, que é muito comum.
A escolha de um tênis ou calçado seguro é essencial, e isso não pode ser feito pela internet. Tem que experimentar o calçado. Aínda mais depois que reduziram a numeração aqui.
Outra coisa que complica a escolha do idoso é a quantidade de marcas e modelos ocerecido. Sugiro um artigo sobre esse tema. Os idosos iam gostar.
Obrigado pelo comentário. Vou pesquisar sobre os tênis, quem sabe não consigo escrever a respeito.
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